De quê maneira a criação de instrumentos e o uso de novas técnicas de cultivou é de criação favorecem o desenvolvimento das atividades agropecuárias no mundo?como esse processo transformou as paisagens naturais do planeta?
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A posição de domínio da espécie humana na Terra seria inconcebível se não lhe tivesse ocorrido, desde seus primeiros ensaios de vida em grupo, metodizar e incrementar a extração de alimentos que a natureza espontaneamente lhe dava. O surgimento de técnicas de plantio e, a seguir, de criação de animais foi o pilar central da formação de sociedades estáveis em que o homem passou de coletor, ou predador, a construtor engenhoso da sobrevivência grupal
O conjunto dessas técnicas deu forma à mais antiga das artes, que iria transformar-se, ao passar dos séculos, numa ciência de leis codificáveis e em renovação permanente: a agricultura, palavra que deriva do latim ager, agri (campo, do campo) e cultura (cultura, cultivo) -- o modo de cultivar o campo com finalidades práticas ou econômicas.
Origens e desenvolvimento
Todos os indícios sugerem que a agricultura surgiu independentemente em várias regiões do planeta. No tocante ao cultivo das principais espécies, acredita-se que tenha despontado em três grandes áreas: a China, o Sudeste Asiático e a América tropical. Povos europeus e africanos podem ter iniciado por conta própria o cultivo de algumas plantas, com que complementariam a caça e a pesca.
Além das três áreas fundamentais citadas, talvez se deva acrescentar o nordeste da África, onde prosperou a poderosa civilização egípcia, vários milênios antes da era cristã.
No Velho Mundo, a agricultura surgiu em zonas áridas ou semi-áridas, tirando partido das margens úmidas dos rios, para lutar contra a escassez das chuvas. Na América, a agricultura desenvolveu-se principalmente em planaltos pouco chuvosos onde hoje estão a Bolívia, o Peru, o México e o extremo sul dos Estados Unidos. Atribui-se a data muito remota o início do cultivo de alguns tubérculos no sopé dos Andes. E é certo que, do lado oposto, nas huacas peruanas do litoral, encontram-se, em níveis arqueológicos que remontam a cerca de 2000 a.C., algumas plantas já cultivadas, como a pimenta, a abóbora e o feijão.
Na árida costa peruana, a agricultura se fazia e se faz em terras regadas por rios provenientes dos Andes. Em época posterior teve início o cultivo do milho, o cereal americano por excelência, cultivado desde os grandes lagos norte-americanos até o Chile. No Brasil, os índios o plantavam também. As espigas, na origem, eram pequeníssimas e equivaliam, no tamanho, a uma moeda moderna. Na gruta dos Morcegos, no Novo México, Estados Unidos, pode-se observar, nas sucessivas camadas arqueológicas, como elas se tornaram progressivamente maiores, graças à seleção das mais graúdas para o plantio. De suma importância para os índios, o milho -- e outros vegetais, como a batata, o amendoim, a mandioca e o fumo -- foi uma das grandes dádivas que a América proporcionou ao resto do mundo.
Em muitas civilizações, o desenvolvimento da agricultura não tardou a associar-se ao da criação de animais.
A existência de excedentes de alimentos permitia manter junto aos núcleos de povoação um número expressivo de cabeças de gado, com o que se acelerou o processo de domesticação das espécies. Tudo isso acarretou mudanças profundas na vida humana, que passou a orientar-se, cada vez mais, pelos ciclos agrícolas. A necessidade de registrar a duração dos períodos de semeadura, crescimento e colheita estimulou o desenvolvimento da astronomia e do calendário, assim como a medição dos campos contribuiu para que se fixassem princípios de geometria e matemática. Os fatos relacionados à agricultura adquiriram significado religioso e festivo, dando origem a tradições e ritos.
O mundo antigo. Graças ao plantio metódico de alimentos floresceram as antigas civilizações da Caldéia, Assíria, China, Índia, Palestina, Grécia e Roma. Em 2800 a.C. os chineses já usavam o arado, incentivados pelo imperador Cheng Nung, tido por fundador de sua agricultura. Os chineses cultivavam o arroz, o sorgo, o trigo e a soja, da qual tiravam subprodutos, e também criavam o bicho-da-seda para empregar seus fios no fabrico de tecidos de grande valor. Com o tempo, passaram a exportá-los para o Império Romano, e em tal quantidade que Tibério proibiu o uso da seda, para evitar a catastrófica evasão do ouro.
Na Índia, Caldéia, Assíria, Arábia, Pérsia, Etiópia e outras partes, igualmente remoto foi o início do cultivo de outras plantas cuja importância econômica nunca cessou de crescer, como mangueira, figueira, pessegueiro, romãzeira, pereira, videira, cafeeiro, cravo, pimenta, canela.
Irrigação. Muitos povos pré-históricos aprenderam desde cedo a controlar a água, a fim de distribuí-la em seus campos no momento oportuno, ou de ampliar a área cultivada.
O conjunto dessas técnicas deu forma à mais antiga das artes, que iria transformar-se, ao passar dos séculos, numa ciência de leis codificáveis e em renovação permanente: a agricultura, palavra que deriva do latim ager, agri (campo, do campo) e cultura (cultura, cultivo) -- o modo de cultivar o campo com finalidades práticas ou econômicas.
Origens e desenvolvimento
Todos os indícios sugerem que a agricultura surgiu independentemente em várias regiões do planeta. No tocante ao cultivo das principais espécies, acredita-se que tenha despontado em três grandes áreas: a China, o Sudeste Asiático e a América tropical. Povos europeus e africanos podem ter iniciado por conta própria o cultivo de algumas plantas, com que complementariam a caça e a pesca.
Além das três áreas fundamentais citadas, talvez se deva acrescentar o nordeste da África, onde prosperou a poderosa civilização egípcia, vários milênios antes da era cristã.
No Velho Mundo, a agricultura surgiu em zonas áridas ou semi-áridas, tirando partido das margens úmidas dos rios, para lutar contra a escassez das chuvas. Na América, a agricultura desenvolveu-se principalmente em planaltos pouco chuvosos onde hoje estão a Bolívia, o Peru, o México e o extremo sul dos Estados Unidos. Atribui-se a data muito remota o início do cultivo de alguns tubérculos no sopé dos Andes. E é certo que, do lado oposto, nas huacas peruanas do litoral, encontram-se, em níveis arqueológicos que remontam a cerca de 2000 a.C., algumas plantas já cultivadas, como a pimenta, a abóbora e o feijão.
Na árida costa peruana, a agricultura se fazia e se faz em terras regadas por rios provenientes dos Andes. Em época posterior teve início o cultivo do milho, o cereal americano por excelência, cultivado desde os grandes lagos norte-americanos até o Chile. No Brasil, os índios o plantavam também. As espigas, na origem, eram pequeníssimas e equivaliam, no tamanho, a uma moeda moderna. Na gruta dos Morcegos, no Novo México, Estados Unidos, pode-se observar, nas sucessivas camadas arqueológicas, como elas se tornaram progressivamente maiores, graças à seleção das mais graúdas para o plantio. De suma importância para os índios, o milho -- e outros vegetais, como a batata, o amendoim, a mandioca e o fumo -- foi uma das grandes dádivas que a América proporcionou ao resto do mundo.
Em muitas civilizações, o desenvolvimento da agricultura não tardou a associar-se ao da criação de animais.
A existência de excedentes de alimentos permitia manter junto aos núcleos de povoação um número expressivo de cabeças de gado, com o que se acelerou o processo de domesticação das espécies. Tudo isso acarretou mudanças profundas na vida humana, que passou a orientar-se, cada vez mais, pelos ciclos agrícolas. A necessidade de registrar a duração dos períodos de semeadura, crescimento e colheita estimulou o desenvolvimento da astronomia e do calendário, assim como a medição dos campos contribuiu para que se fixassem princípios de geometria e matemática. Os fatos relacionados à agricultura adquiriram significado religioso e festivo, dando origem a tradições e ritos.
O mundo antigo. Graças ao plantio metódico de alimentos floresceram as antigas civilizações da Caldéia, Assíria, China, Índia, Palestina, Grécia e Roma. Em 2800 a.C. os chineses já usavam o arado, incentivados pelo imperador Cheng Nung, tido por fundador de sua agricultura. Os chineses cultivavam o arroz, o sorgo, o trigo e a soja, da qual tiravam subprodutos, e também criavam o bicho-da-seda para empregar seus fios no fabrico de tecidos de grande valor. Com o tempo, passaram a exportá-los para o Império Romano, e em tal quantidade que Tibério proibiu o uso da seda, para evitar a catastrófica evasão do ouro.
Na Índia, Caldéia, Assíria, Arábia, Pérsia, Etiópia e outras partes, igualmente remoto foi o início do cultivo de outras plantas cuja importância econômica nunca cessou de crescer, como mangueira, figueira, pessegueiro, romãzeira, pereira, videira, cafeeiro, cravo, pimenta, canela.
Irrigação. Muitos povos pré-históricos aprenderam desde cedo a controlar a água, a fim de distribuí-la em seus campos no momento oportuno, ou de ampliar a área cultivada.
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