Geografia, perguntado por beatrizgomes1703, 10 meses atrás

de que forma se estabelecia o principal eixo de ocupação e expansão das atividades econômicas na amazônia?


lucasmendesbr324: Quer saber sobre os indios ou madereiros ?
lucasmendesbr324: Em que periodo ?
lucasmendesbr324: Se quiser mais detalhes

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Respondido por lucasmendesbr324
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A região amazônica brasileira, após as iniciativas de integração do governo, passou a ter dois tipos de ocupação básica. A da porção oriental que tem de um lado a Rodovia Belém-Brasília como eixo principal e, de outro, a implantação de grandes projetos minerais, como o Projeto Carajás

TEXTO CONPLETO

A Amazônia corresponde à região ocupada pela densa floresta latifoliada equatorial amazônica, de grande biodiversidade, ocupa cerca de 40% do território brasileiro e é hoje uma das grandes preocupações da comunidade científica internacional pelo interesse na preservação de seus recursos (madeira, minérios, solos e água).

O processo de ocupação

Nos séculos XVI e XVII, a ocupação da Amazônia dava-se através de atividades tradicionais como caça, coleta e pesca, limitando-se a áreas de acesso mais fácil ao longo do leito do Rio Amazonas. Nesse tempo, a extração das chamadas “drogas do sertão” (especiarias) era a atividade mais importante. Essa característica só foi suplantada no século XIX com o desenvolvimento da exploração do látex das seringueiras para a produção da borracha.

Entre os séculos XIX e XX, o aumento da procura internacional pelo produto, estimulou a exploração e os movimentos migratórios de nordestinos para a região, o que desencadeou a formação de várias agrovilas, envolvidas na produção e no transporte da borracha para o litoral.

O ciclo da borracha foi o principal responsável pela transformação das cidades de Belém e Manaus nos dois principais centros urbanos da Região Norte do país. É importante ressaltar que esta atividade exportadora não eliminava as principais atividades de subsistência na Amazônia, como a agricultura nas várzeas dos rios, a pesca e a coleta. Nas primeiras décadas do século XX, a atividade entrou em crise especialmente pela concorrência asiática que conseguia produzir a borracha a preços mais atrativos que os brasileiros.

Somente em meados do século XX é que, através da ação do governo federal, a região voltou a apresentar nova etapa de crescimento. A intensão do Estado era atrair territorialmente, através de obras de infraestrutura, novos investimentos para a área. Por isso, em 1953, foi criada a SPVEA (Superintendência para a Valorização Econômica da Amazônia), que mais tarde se transformaria na SUDAM (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia). No mesmo período foi criada a SUFRAMA (Superintendência do Desenvolvimento da Zona Franca de Manaus), com o objetivo de incentivar o desenvolvimento industrial na porção ocidental da Amazônia, em especial o de Manaus.

TEXTO COMPLETO

A região amazônica brasileira, após as iniciativas de integração do governo, passou a ter dois tipos de ocupação básica. A da porção oriental que tem de um lado a Rodovia Belém-Brasília como eixo principal e, de outro, a implantação de grandes projetos minerais, como o Projeto Carajás. O desenvolvimento destes projetos ocasionou grande ocupação ao longo da Estrada de Ferro de Carajás a São Luís (no Maranhão).

Já na porção ocidental, a ocupação deu-se ao longo das rodovias Cuiabá-Santarém e Brasília-Acre. Em Rondônia e também no norte do Mato Grosso, surgiram vários núcleos de povoamento que reforçaram a ocupação do oeste da Região Norte com a criação da Zona Franca de Manaus. Neste processo, Manaus e Belém passaram a ocupar lugar de destaque na polarização do espaço da região Norte como metrópoles regionais

Respondido por karolaynealves868
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Resposta:

A região amazônica brasileira, após as iniciativas de integração do governo, passou a ter dois tipos de ocupação básica. A da porção oriental que tem de um lado a Rodovia Belém-Brasília como eixo principal e, de outro, a implantação de grandes projetos minerais, como o Projeto Carajás.A ocupação da Amazônia ocorreu primeiramente com os índios, que se interagiam de forma harmônica com a natureza. No entanto, a ocupação da área com intuitos gananciosos foi se intensificando, que desencadeou e desencadeia uma série de problemas ambientais, prejudicando a biodiversidade da Amazônia.

Confira o histórico de ocupação e devastação do maior bioma do Brasil.

1494 – Portugal e Espanha assinam o Tratado de Tordesilhas, conforme esse documento os portugueses ficam com a porção leste do território brasileiro e os espanhóis com a poção oeste, o qual coloca a floresta Amazônica para os espanhóis.

1540 – Os portugueses descobrem a Amazônia, desbravadores lusitanos chegam à região para impedir a invasão de ingleses, franceses e holandeses, que cobiçavam a floresta.

1637 – Portugal encomenda a primeira grande expedição à região, com cerca de 2 mil pessoas. A exploração de frutos como o cacau e a castanha ganham uma forte conotação comercial.

1750 – Os reis de Portugal e Espanha assinam o Tratado de Madri - por meio deste, quem usava e ocupava a terra teria direito a ela. Com isso, os portugueses conseguem direito sobre a Amazônia. Deu-se início ao estabelecimento da fronteira do território brasileiro na região Amazônica.

Fim do século XIX – Inicia-se o ciclo da exploração da borracha brasileira na Amazônia, motivado pela Revolução Industrial, as fábricas inglesas importam a matéria prima em grandes quantidades. Entre 1870 e 1900, aproximadamente 300 mil nordestinos migraram para a região para trabalharem nos seringais.

1940 – O então presidente Getúlio Vargas, inicia uma política para a ocupação do oeste brasileiro, a chamada Marcha para o Oeste.

1960 – Com o intuito de integrar a Amazônia com o resto do País, os militares pregam a unificação do País e a proteção da floresta contra a “internacionalização”. Utilizando um discurso nacionalista, os militares realizam várias obras em infraestrutura para a ocupação da região, a principal é a Transamazônica. É a política "Integrar para não Entregar".

1970 – A população da Amazônia Legal atinge a quantia de 7 milhões de habitantes, reflexo das políticas públicas para a ocupação do território, no entanto, os problemas ambientais gerados são desastrosos, a área desmatada da Amazônia chega a 14 milhões de hectares.

1980 – Os problemas ambientais na Amazônia, rotulada como “pulmão do mundo”, geram repercussões internacionais. O assassinato do líder sindical Chico Mendes, em 1988, agrava ainda mais as pressões internacionais em relação às políticas desenvolvidas no Brasil para a preservação da Amazônia.

Plantação de soja na Amazônia

1990 – Se intensifica o desmatamento na região para a produção de soja, estima-se que a extensão territorial desmatada atinja 41 milhões de hectares.

2000 – Conforme dados do Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), a população da Amazônia é de 21 milhões de pessoas. A pecuária passa a ser a grande vilã e principal responsável pelo desmatamento. O rebanho bovino é de cerca de 64 milhões de cabeças.

2005 – 2009 - O assassinato da missionária estadunidense Dorothy Stang agrava ainda mais os problemas ambientais na região. A área desmatada chega à incrível marca de 70 milhões de hectares.

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