de que forma os recursos naturais e soberania territorial da autonomia dos estados nacionais estão sujeitos a pressões externas?
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Resposta:
Para a Geografia, os espaços são "controlados", caracterizados por territórios, os mesmos estabelecidos por Estados-nações (área/fronteira de soberania, onde se pode aplicar a política local, por exemplo) que apresentam características distintas, como o idioma, religião (que se encontra atualmente em dispersão, porém, em alguns espaços, apresenta-se com maior nitidez), gastronomia, hábitos, cultura de forma geral, historicidades, etc. Para o historiador Eric Hobsbawm, essas características são classificadas como critérios objetivos da existência da nacionalidade, ou forma de explicar porque certos grupos se tornam "nações e outros não (identidade em comum)".
Nessa ação concreta de controle, produção e significação do espaço pelos sujeitos sociais que as constroem, há um entrecruzamento entre múltiplas dimensões, como a econômica, a política e a cultural. Não obstante, cada bandeira representa um país, um Estado-nação, com suas próprias leis, regras, normas, entre outras formas de “controle” de um espaço delimitado, que é conhecido por soberania.
Para muitos autores, mapear o mundo de forma política é utilizar a teoria soberana que, por sua vez, sustenta ser a comunicação política do Estado a que exerce autoridade suprema sobre uma determinada jurisdição territorial e que é a imagem mais apropriada de como o espaço político deveria ser organizado, demarcado e, para grande parte da Geografia Política, teorizado.
Em algumas interpretações acadêmicas o conceito soberania está relacionado ao simbólico, cidadãos nacionais e ao sentido de comunidade política, e, sobretudo, aos limites territoriais e identificadores de Estado-nação, onde o mundo é compartimentalizado em Estados soberanos. Sendo assim, um Estado deve ser um entre muitos Estados com, em princípios, iguais direitos à autodeterminação.
Já o conceito de territorialidade é caracterizado pela territorialização como modo concreto, dependendo do contexto em que ocorrem significações construídas por referência a um espaço, ainda que simbólico e/ou historicamente datado. Embora todo território tenha uma territorialidade tanto no sentido abstrato e/ou epistemológico de “qualidade ou condição de ser território” quanto no de sua dimensão real-simbólica, nem toda territorialidade – e o mesmo dir-se-ia da especialidade – possui um território (no sentido de sua efetiva realização material).
Globalização enfraquece a soberania
Os processos de Globalização estão permitindo maior integração e capacidade de interconexão entre Estados e localidades, tornando possível que eventos, decisões e atividades em uma parte do globo possam acarretar importantes consequências em lugares bastante distantes dessas ações.
Desta forma, a Globalização está desafiando tanto a soberania de alguns Estados-nações como a habilidade da Estado-nação de tomar decisões autonomamente tanto em relação ao seu lugar dentro da economia mundial, como sobre o cotidiano social, político e cultural da vida das localidades.
Assim, formas localizadas de ação política coletiva também estão desafiando o Estado-nação. Em alguns casos, estas ações políticas estão estreitamente ligadas ao impacto dos processos de globalização e a maneira pela qual as localidades estão cada vez mais sujeitas à inexorável, porém desigual globalização.
O enfraquecimento está muito presente, atualmente, quando se fala de órgão, fundações e/ou organizações, como FMI, BC (Bancos Centrais), Blocos Econômicos, transnacionais, entre outros que estão diretamente relacionados ao processo de globalização e ao enfraquecimento da soberania.
Já a soberania compartilhada refere-se atualmente, de forma direta e objetiva, aos processos que estão ligados à globalização, como exemplos: formação de blocos econômicos. ONGs e organismos globais, tais com Greenpeace, Live Aid, Movimento pela Paz Mundial, FMI, OMC, BCE, entre outros, que podem questionar, enfraquecer ou até mesmo compartilhar leis, regras, normas, entre outras formas de “controle/poder” que constitui a Soberania.