Geografia, perguntado por beaxxx, 10 meses atrás

de que forma os governos estão exercendo a geopolítica no território brasileiro ?​

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Respondido por limadep15
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Resposta:

Geopolítica do Brasil  

O Brasil também sofreu influências dos estudos geopolíticos durante a estruturação dos seus territórios e economia. Uma das primeiras ações foi a mudança da capital federal do Rio de Janeiro para Brasília, durante o governo de Juscelino Kubitschek.

Dentro do território nacional, os principais objetivos da geopolítica estão ligados à integração dos estados, levando em consideração o capital socioeconômico de cada região.

O desenvolvimento urbano e as normas de sustentabilidade, e a inserção do país entre as maiores potências sul-americanas também são pontos analisados pela geopolítica brasileira.  

Além desses, as áreas registradas como reserva de petróleo, incluindo o pré-sal, e o ecossistema do Pantanal Mato-Grossense, da Bacia do Rio da Prata e Floresta Amazônica também são consideradas relevantes para os estudos da geopolítica.

Explicação:

A EVOLUÇÃO DA GEOPOLÍTICA BRASILEIRA

9É nesse contexto intelectual e político que examinaremos de forma não exaustiva a evolução do pensamento geopolítico brasileiro e a trajetória da sua influência direta ou indireta nos assuntos que podemos chamar de estratégicos, isto é, o desenvolvimento brasileiro desde as primeiras décadas do século passado, que podem ser resumidas em três das suas características principais.

10Primeiro, conforme já apontado no estudo de Costa (1992), a geopolítica no Brasil durante meio século – de 1930 a 1980 – foi uma atividade praticamente exclusiva dos aparatos estatais e especialmente dos meios militares. Refletiu assim, em grande medida, a hegemonia de pensamento que se instalou no país no início da década de 1930, marcadamente direcionado para o fortalecimento da centralidade do papel do estado nacional nos projetos de desenvolvimento em geral. Daí porque o pensamento geopolítico que se estruturou nesse contexto e se desdobrou nas décadas seguintes, foi capaz de inspirar as políticas do Estado para a estruturação interna e, sobretudo, para a projeção externa nacional nos campos da política, estratégia, economia e cultura.

11Segundo, como também destaca o referido estudo, assim como ocorreu na Alemanha e particularmente em países sul-americanos como Brasil, Argentina e Chile, essa hegemonia institucional e intelectual dos meios militares sobre a geopolítica foi um processo amplamente beneficiado pelo fato de que se tratou ali de formular um pensamento e definir os modos pelos quais ele seria aplicado às políticas de Estado em contextos nos quais diversos de seus protagonistas eram no mais das vezes, ao mesmo tempo, pensadores, formuladores e executores dessas politicas. Tratava-se de geopolítica com raízes no pensamento acadêmico como sabemos, mas que se materializou enfatizando ao máximo sua vertente pragmática e instrumental e que foi sistematicamente aplicada, seja pela forte influência da órbita militar nos governos civis, seja como resultado dos regimes militares que se instalaram e dominaram diversos países da região no período pós 1960.

12Terceiro, a aplicação continua desse pensamento geopolítico pragmático em um país periférico e de dimensões continentais como o Brasil esteve entre os pilares do planejamento estratégico nacional no aparelho estatal ao longo desses sessenta anos, inspirando e não raramente comandando as políticas territoriais, isto é ordenamento do território e planejamento regional, urbano e ambiental. Em outros termos, a ocupação e a proteção das fronteiras, as políticas de integração nacional, a construção de Brasília, as políticas de defesa e ocupação para a Amazônia e o Atlântico Sul, a alocação dos investimentos na infraestrutura de transportes e de energia e os programas de colonização. Enfim, a predominância de concepções e práticas que constituem os principais vetores da geopolítica clássica inspirada em Ratzel e Mackinder e que podem ser resumidas no que seria uma forma de radicalização dos princípios da coesão territorial, do fortalecimento do poder nacional e da correspondente estratégia visando sua projeção externa.

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