De que forma o estudo da história contribui para a compreençao do presente?
Soluções para a tarefa
As sociedades construíram diferentes relações entre o presente e o passado, ou seja, com o tempo histórico. Assim, o papel da História nem sempre foi o mesmo para os homens. As interpretações variaram ao longo do tempo: para algumas sociedades o passado é motivo de glória e espelho para o futuro, para outras ele serve para explicar e entender melhor o presente. Para exemplificar essa complexa relação, vou contar um pouco sobre três diferentes formas de compreensão do passado: na antiguidade, no século XIX e nos dias de hoje.
A História surgiu na Antiguidade Clássica durante o apogeu das civilizações grega e romana. Um dos primeiros historiadores foi o grego Heródoto, considerado por muitos como o “pai da História”, que construiu sua narrativa a partir de fatos e não de explicações mitológicas (o que era muito comum na época). Seu livro denominado de Histórias, criou um primeiro pilar para o estudo histórico que se mantém até os dias de hoje, ou seja, a história acima de tudo é uma ciência baseada em fatos reais. Heródoto afirmava que cabia ao historiador comprovar a veracidade dos acontecimentos. Da mesma forma, outro famoso historiador grego Tucídides afirmava que só seria possível para o historiador descrever e contar o que realmente viveu. Assim, a história para os antigos estava diretamente relacionada ao presente, na medida em que o papel do pesquisador era fundamental para conhecermos o que realmente se passou, seja através de sua vivência pessoal ou dos relatos coletados.
Nesse período, a história era vista como um repositório de exemplos que deveriam ser seguidos, como um relato útil para os homens que conheciam e se espelhavam no passado para suas ações futuras. Nessa visão, os acertos do passado deveriam ser copiados e reproduzidos no futuro enquanto os erros devem ser evitados. Para o historiador romano Cícero “a História é a mestra da vida” tendo, portanto, a utilidade instrutiva e exemplar. Essa noção de que o passado deveria servir de exemplo para o futuro foi a base da história desde da Antiguidade até o fim do século XVIII.
Já durante o século XIX, muitos historiadores, sobretudo franceses e alemães, começaram a questionar sobre esse papel exemplar da história. Essa perspectiva passava a entender a singularidade dos acontecimentos e a impossibilidade da sua repetição. Assim, o passado não serve como espelho para o futuro, mas como forma de entendermos as circunstâncias e que conduziram ao presente. Além disso, a ciência histórica passou a se preocupar com algo essencial para a época: a Nação. A função da história estava ligada a construção de uma memória nacional marcada por grandes heróis e conquistas. Nesse sentido, o passado servia para construir um sentimento de nacionalismo no presente através da exaltação dos grandes heróis e feitos da nação. Esse nacionalismo exacerbado, em grande parte, favoreceu a eclosão das duas Guerras Mundiais.
Por outro lado, nos dias atuais, a relação entre presente e passado passou a ser rediscutida e repensada entre os historiadores. Existe um consenso atual entre os pesquisadores que a investigação histórica é resultado de questões e problemas levantados no presente. Assim, a história não está morta nem escrita definitivamente, ela se modifica a cada nova fonte encontrada ou nova pesquisa, através do uso por exemplo de novas tecnologias. Ao mesmo tempo que o passado deixa sua marca no presente, o presente também modifica nossa forma de entender o passado. Dessa forma, não podemos dizer que a história se preocupa apenas com o que passou, mas também serve para ampliarmos nossa consciência e compreensão sobre o presente.
Resposta:
Para entender como chegamos aqui em meio a tantos conflitos na antiguidade.
Explicação:
As sociedades construíram diferentes relações entre o presente e o passado, ou seja, com o tempo histórico. Assim, o papel da História nem sempre foi o mesmo para os homens. As interpretações variaram ao longo do tempo: para algumas sociedades o passado é motivo de glória e espelho para o futuro, para outras ele serve para explicar e entender melhor o presente. Para exemplificar essa complexa relação, vou contar um pouco sobre três diferentes formas de compreensão do passado: na antiguidade, no século XIX e nos dias de hoje.
A História surgiu na Antiguidade Clássica durante o apogeu das civilizações grega e romana. Um dos primeiros historiadores foi o grego Heródoto, considerado por muitos como o “pai da História”, que construiu sua narrativa a partir de fatos e não de explicações mitológicas (o que era muito comum na época). Seu livro denominado de Histórias, criou um primeiro pilar para o estudo histórico que se mantém até os dias de hoje, ou seja, a história acima de tudo é uma ciência baseada em fatos reais. Heródoto afirmava que cabia ao historiador comprovar a veracidade dos acontecimentos. Da mesma forma, outro famoso historiador grego Tucídides afirmava que só seria possível para o historiador descrever e contar o que realmente viveu. Assim, a história para os antigos estava diretamente relacionada ao presente, na medida em que o papel do pesquisador era fundamental para conhecermos o que realmente se passou, seja através de sua vivência pessoal ou dos relatos coletados.
Nesse período, a história era vista como um repositório de exemplos que deveriam ser seguidos, como um relato útil para os homens que conheciam e se espelhavam no passado para suas ações futuras. Nessa visão, os acertos do passado deveriam ser copiados e reproduzidos no futuro enquanto os erros devem ser evitados. Para o historiador romano Cícero “a História é a mestra da vida” tendo, portanto, a utilidade instrutiva e exemplar. Essa noção de que o passado deveria servir de exemplo para o futuro foi a base da história desde da Antiguidade até o fim do século XVIII.
Já durante o século XIX, muitos historiadores, sobretudo franceses e alemães, começaram a questionar sobre esse papel exemplar da história. Essa perspectiva passava a entender a singularidade dos acontecimentos e a impossibilidade da sua repetição. Assim, o passado não serve como espelho para o futuro, mas como forma de entendermos as circunstâncias e que conduziram ao presente. Além disso, a ciência histórica passou a se preocupar com algo essencial para a época: a Nação. A função da história estava ligada a construção de uma memória nacional marcada por grandes heróis e conquistas. Nesse sentido, o passado servia para construir um sentimento de nacionalismo no presente através da exaltação dos grandes heróis e feitos da nação. Esse nacionalismo exacerbado, em grande parte, favoreceu a eclosão das duas Guerras Mundiais.