Saúde, perguntado por ClarisseCristine1009, 1 ano atrás

de que forma é produzido o soro anticrotálico e qual é a sua função?

Soluções para a tarefa

Respondido por OisouNerd
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Acho que é isso :

 

O soro anticrotálico é uma solução de imunoglobulinas específicas purificadas, obtidas de soro de eqüinos hiperimunizados, com venenos de serpentes do gênero Crotalus.

 

Fórmula:

Uma ampola de 10 ml contém: imunoglobulinas de origem eqüina que neutralizam, no mínimo, 15 mg de veneno-referência de Crotalus durissus terrifus (soroneutralização em camundongos).

 

Indicações:

Para o tratamento de envenenamento provocado pelas picadas de serpentes do gênero Crotalus (cascavel). A sua utilização se impõe, mesmo quando são esperadas reações adversas, com os cuidados recomendados para tais eventualidades.

 

Nota:

NÃO É INDICADO nos acidentes causados por jararaca, jararacuçu, urutu, cotiara, coral ou surucucu.

 

Caracterização dos acidentes crotálicos:

Cerca de 10% dos acidentes ofídicos ocorridos no Brasil são causados por serpentes do gênero Crotalus. As manifestações no local da picada, quando presentes, são discretas e caracterizam-se por edema leve e parestesia. As manifestações sistêmicas do envenenamento caracterizando-se por:

 

queda das pálpebras (ptose palpebral) e paralisia da musculatura facial (fácies neurotóxico ou miastênico);

 

distúrbios oculares, como: turvação visual, visão dupla (diplopia), alteração do diâmetro pupilar (midríase ou miose), fotobia, dificuldade de movimentação do globo ocular (oftalmoplegia);

 

paralisia dos músculos respiratórios, que pode evolui para insuficiência respiratória;

 

dores musculares generalizadas;

 

escurecimento da urina (mioglobinúria), que pode evoluir para insuficiência renal aguda (IRA);

 

sangramentos espontâneos (gengivas, pele) e alteração da coagulação sangüínea.

 

Tratamento:

Aplicar o soro específico, em doses adequadas, o mais precocemente possível.

 

Dose e via de administração:

Caso Moderado: 10 ampolas I.V.

Caso Grave: 20 ampolas I.V.

 

Facies miastânico/visão turva discreta ou evidente

Tempo de coagulação geralmente normal

Mialgia discreta ou ausente oligúria ou anúria ausente

 Facies miastênico/visão turva evidente

tempo de coagulação normal ou alterado

Mialgia presente

Escurecimento da urina presente (vermelha, marrom) oligúria ou anúria presente

 

A aplicação do soro por via intravenosa (I.V.) proporciona melhores resultados em tempo mais curto. No entanto, na impossibilidade de ser utilizada esta via, o soro pode ser administrado por via subcutânea. A necessidade da administração de doses adicionais, relativas àquelas recomendadas inicialmente, deve ser avaliada de acordo com o quadro clínico e pelo Tempo de Coagulação (TC).

 

Observação:

A soroterapia deve ser efetuada sob supervisão médica, em ambiente hospitalar, preparado para uma eventual ocorrência de reações anafiláticas. No entanto, na impossibilidade, após o tratamento de emergência, específico ou não, encaminhar o paciente ao serviço de saúde mais próximo.

 

ADULTOS E CRIANÇAS RECEBEM A MESMA DOSE DE SORO

 

Recomendações gerais:

Manter o pacientes hidratado (fundamental na prevenção da insuficiência renal);

 

Não usar garrotes ou torniquetes;

 

Não aplicar substâncias (querosene, amoníaco, etc.) no local da picada;

 

Não administrar bebidas alcoólicas;

 

Manter o paciente em repouso, evitando caminhar.

 

Recomendações especiais:

Uma vez estabelecida a insuficiência renal aguda (IRA), o tratamento segue o mesmo princípio das demais formas de IRA. Devido ao hipercatabolismo, deve ser considerada a necessidade de instalação precoce de métodos dialíticos.

 

Reações adversas à soroterapia:

Reações precoce: são de freqüência variável e ocorrem dentro das primeiras 24 horas após a administração do soro. São de caráter anafilático ou anafilactóide, podem ser graves e necessitam de cuidados médicos adequados e imediatos. Estas reações ocorrem com mais freqüência entre pacientes anteriormente tratados com soros de origem eqüina ou que já tiveram contato com equídeos.

 

Prevenção das reações:

Solicitar informações do paciente quanto ao uso anterior de soro eqüino (antidiftérico, antiofidico, anti-rábico, antitetânico) e quanto a problemas alérgicos de naturezas diversas. Face a afirmações positivas, considerar o potencial de reações adversas para esse paciente.

 

Administrar anti-histamínicos com 15 minutos de antecedência da aplicação de soro na dose recomendada.

 

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