De que forma as disputas da Guerra Fria interferiram no processo de descolonização da África e da Ásia?
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Explicação:
Descolonização da África e da Ásia
O fim da Segunda Guerra trouxe o declínio dos impérios coloniais europeus e o início da descolonização da África e da Ásia. Para ampliar suas áreas de influência, os EUA e a URSS apoiaram os movimentos de independência
Causas da descolonização
Entre 1945 e 1970 os territórios africanos e asiáticos que constituíam parte dos impérios europeus passaram por um processo de descolonização (independência política).
As causas desse processo foram bastante variadas:
A Segunda Guerra Mundial significou o fim da hegemonia econômica e militar europeia no mundo, pois, completamente destroçados, os países europeus já não podiam manter impérios coloniais.
Os movimentos nacionalistas emergentes das colônias foram reforçados pela Carta das Nações Unidas, que considerava a autodeterminação dos povos um direito básico.
O início da Guerra Fria também foi outra grande influência: os Estados Unidos e a União Soviética apoiaram os movimentos de independência para influenciar os novos governos e a população, atraindo-os para seusrespectivos blocos.
Características do processo
O processo de descolonização teve três características principais:
Ocorreu integralmente entre 1946 e 1975, embora os períodos mais intensos tenham sido entre 1947 e 1948 e entre 1957 e 1965.
Na maioria dos países havia partidos políticos que organizaram o processo de independência. Muitos desses partidos – alguns de orientação socialista – surgiram no período entreguerras, aumentando sua força e sua militância a partir de 1945. A população foi incentivada a pensar que a independência era a única maneira de sair da miséria.
Destacaram-se líderes carismáticos, que mobilizaram as massas. Foi o caso de Gandhi, na India, Ho Chi Mính, na Indochina, Sukarno, na Indonésia, e Lumumba, no Congo.
A descolonização afro-asiática
Descolonização na Ásia
Na Ásia, o processo de descolonização variou de acordo com a região e o tipo de colonização.
A independência da península do Hindustão, por exemplo, foi pacífica, graças à liderança de Gandhi, e aceita pela Grã-Bretanha. Deu origem primeiramente a dois países, India e Paquistão, e, depois, a um terceiro, Bangladesh.
Outros países, entretanto, tiveram de sofrer violentas guerras de libertação para conquistar a independência: foi o caso da Indochina francesa, da qual surgiram o Vietnã, o Laos e o Camboja, e da Indonésia, que se libertou da Holanda.
EUA e URSS buscavam apoiar grupos que lutavam pela independência das colônias africanas, com interesse de manter esses países sob sua órbita de influência. No caso da URSS, apoiar movimentos separatistas também era uma forma de fustigar metrópoles europeias capitalistas. Na África e na Ásia, grupos locais se alinhavam a EUA ou URSS por convicção política/ ideológica ou em busca de apoio em sua luta. Conquistada a independência, estar na esfera de influência de um dos blocos significava brigar com o outro e sofrer tentativas de interferência interna.