De que forma a chegada de Felipe II interfere diretamente nos Países Baixos?
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Origens da Holanda. Os
Países Baixos (atuais Bélgica, Holanda e parte do norte da França), desde a
segunda metade da Idade Média, constituíram -se numa região de grande
prosperidade econômica, cujas manufaturas têxteis desfrutavam inigualável
reputação internacional. Formou-se, assim, nos Países Baixos, uma poderosa
burguesia mercantil, uma das mais progressistas da Europa. Os Países Baixos
eram possessões dos Habsburgos e tinham grande autonomia no reinado de
Carlos V (pai de Filipe II). Suas tradições e interesses econômicos locais
eram respeitados. Essa situação se alterou profundamente com a
ascensão de Filipe II, que herdou do pai o trono espanhol e os Países Baixos.
A razão da mudança explica-se por dois motivos básicos: em primeiro lugar, o
advento do protestantismo tinha polarizado o mundo cristão no século XVI,
provocando intermináveis conflitos entre católicos e protestantes. Nos Países
Baixos, em razão do predomínio burguês, difundiu-se rapidamente o calvinismo,
ao passo que a Espanha mantinha-se profundamente católica. E Filipe II era
considerado o mais poderoso e o mais devotado monarca católico. Em segundo
lugar, Filipe II era um rei absolutista. Assim, com a sua chegada ao trono
terminou a fase de benevolência em relação aos Países Baixos. O novo monarca
pôs fim à tolerância religiosa e substituiu os governantes nativos por
administradores espanhóis de sua confiança, subordinando os Países Baixos
diretamente à Espanha. A reação nos Países Baixos foi imediata, com a eclosão
de revoltas por toda parte. A fim de reprimi-las, Filipe II enviou tropas
espanholas sob o comando do violento duque de Alba. À repressão
político-religiosa, somou se o confisco dos bens dos revoltosos, conforme
relatou o duque de Alba ao rei: “Atualmente detenho criminosos riquíssimos e
temíveis e os submeto a multas em dinheiro; logo me ocuparei das cidades
criminosas. Desse modo às arcas de Vossa Majestade fluirão somas
consideráveis”. Contra essa violência espanhola
uniram-se dezessete províncias dos Países Baixos para resistir melhor. Porém,
a luta anticatólica, antiabsolutista e antiespanhola dos Países Baixos
começou a tomar, com o tempo, uma coloração mais radical e passou a ameaçar a
própria ordem social. A nobreza e os ricos mercadores começaram a se sentir
ameaçados em seus privilégios pela crescente participação popular na rebelião
antiespanhola, principalmente nas províncias do sul - Bélgica atual. A fim de
evitar o agravamento dessa tendência indesejável para a camada dominante, as
províncias do sul decidiram abandonar a luta e se submeter aos espanhóis em
1579. No entanto, continuaram a resistir as sete províncias do norte, que
formaram a União de Utrecht, em 1581, e não mais reconheceram a autoridade de
Filipe II.
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