dê pelo menos 6 exemplos de textos artísticos
Soluções para a tarefa
O texto artístico tem como marca a função emotiva. Ele é responsável por transportar o leitor do seu mundo real para o mundo mágico das palavras e das emoções. A arte nesse texto surge para comover, provocar sensações e liberar os sentimentos. É possível, por meio desse gênero, ter uma nova experiência ou relembrar sensações passadas. A arte expressa por via das palavras tem esse poder transformador e cria uma relação simbiótica entre leitor e texto.
Com diversas finalidades, desde entretenimento até instrumento de transmissão de valores culturais, o texto artístico é um espelho prismático que reflete as dimensões da existência humana. Além disso, é possível que nesses textos haja a simples tarefa de expressão estética, como os parnasianos se preocupavam
EXEMPLOS: poemas
Sentimento do Mundo, Carlos Drummond de Andrade
Língua portuguesa Olavo Bilac
Poema metamorfose
“D. Quinquina (como a chamam suas amigas) conversa sofrível e sentimentalmente: é meiga, terna, pudibunda, e mostra ser muito modesta. Seu moral é belo e lânguido como seu rosto; um apurado observador, por mais que contra ela se dispusesse, não passaria de classificá-la entre as sonsas. D. Clementina pertencia, decididamente, a outro gênero: o que ela é lhe estão dizendo dois olhos vivos e perspicazes e um sorriso que lhe está tão assíduo nos lábios como o copo de vinho nos do alemão. D. Clementina é um epigrama interminável; não poupa a melhor de suas camaradas: sua vivacidade e espírito se empregam em descobrir e patentear nas outras as melhores brechas, para abatê-las na opinião dos homens com quem pratica.”
(Trecho de “A Moreninha” de Joaquim Manuel de Macedo)
Exemplo 2:
“O senhor querendo ver, primeiro veja:
Ali naquela casa de muitas janelas de bandeiras coloridas vivia Rosalina. Casa de gente de casta, segundo eles antigamente. Ainda conserva a imponência e o porte senhorial, o ar solarengo que o tempo de todo não comeu. As cores da janela e da porta estão lavadas de velhas, o reboco, caído em alguns trechos como grandes placas de ferida, mostra mesmo as pedras e os tijolos e as taipas, de sua carne e ossos, feitos para durar toda a vida; vidros quebrados nas vidraças, resultado do ataque da meninada nos dias de reinação, quando vinham provocar Rosalina (não de propósito e ruindade, mas sem-que-fazer de menino), escondida detrás das cortinas e reposteiros; nos peitoris das sacadas de ferro rendilhados formando flores estilizadas, setas, volutas, esses e gregas, falta muito das pinhas de cristal facetado cor de vinho que arrematavam nas cantoneiras a leveza daqueles balcões.”
(Trecho de “Ópera dos Mortos” de Autran Dourado)