De onde veio o costume de cobrir as paredes com azulejos?
Soluções para a tarefa
Portugal transferiu a arte da azulejaria à maioria dos países que colonizou, entre eles, o Brasil. O
sucesso do uso peculiar do azulejo tanto em Portugal quanto no Brasil ocorreu pois o azulejo
extrapolou os limites da própria peça para se apresentar integrado, permanentemente, à
arquitetura e ao urbanismo.
Nesse contexto, no Brasil, o colonial usou o azulejo como uma continuidade da metrópole e
percebeu, nesse empreendimento, a adaptabilidade de clima e material contidos na união entre o
país e o produto.
Durante o século XIX, o azulejo expandiu-se para uma verdadeira arte nacional: a arte de cobrir
fachadas inteiras com azulejos; costume esse que grandes pesquisadores afirmam ter iniciado
nesse país.
Em um processo de aversão aos elementos que remetiam ao movimento colonial brasileiro, os
arquitetos que atuaram no fim do século XIX e início do século XX deixaram de usar o material. O
neocolonial, no entanto, trouxe de volta a peculiaridade brasileira de se revestirem as fachadas
com azulejos.
O movimento moderno incorporou às suas formas geométricas e funcionais o emprego
remanescente do acervo colonial, incluindo-se o azulejo. A partir desse último momento citado,
discorreremos sobre a revivescência do azulejo no contexto arquitetônico a partir de 1930,
momento em que o país irá colher os frutos dos movimentos ocorridos no início do século
XX: centralização do poder nas mãos do Estado, alfabetização em massa, uniformização
da população, primeira grande guerra, pós-guerra, industrialização, tentativa de
democratização e construção de uma nação.