De onde surgiram os primeiros líderes surdos
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Por muitos séculos, os surdos foram privados de educação e de vários outros direitos, mas no século XVIII aconteceram transformações profundas a partir do uso das línguas de sinais como línguas de instrução para os surdos, trazendo grandes saltos qualitativos para a sua educação e qualidade de vida. De pessoas às quais a sociedade antes considerara desprovidas da faculdade da razão, os surdos passaram a aprender com eficiência e a exercer papéis antes não imaginados para eles. Surgiram obras escritas por surdos, como as Observations de Pierre Desloges, publicada em 1779. Formaram-se engenheiros surdos, professores surdos, filósofos surdos, intelectuais surdos, líderes e militantes das comunidades surdos. Nessa época, muitas das escolas para surdos que iam sendo criadas tinham professores surdos e eram dirigidas por surdos. Os surdos também fundavam outras escolas em vários lugares do mundo.
Dentre as personalidades surdas desse período, destacam-se:
Laurente Clerc: professor surdo do Instituto Nacional de Jovens Surdos-mudos* de Paris, fundado por Michael Charles de L’Epée, ensinou língua de sinais a Thomas Gallaudet. Ambos fundaram a primeira escola para surdos nos Estados Unidos.
Ernest Huet: professor em Paris, veio ao Brasil em 1855, visando fundar aqui uma escola para surdos. Com o apoio de D. Pedro II, fundou e dirigiu por cinco anos o Imperial Instituto de Surdos-Mudos, atual Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). O Instituto foi fundado no Rio de Janeiro, em 26 de setembro de 1857.
Ferdinand Berthier: Escreveu vários livros e artigos, sendo sua obra de mais notoriedade a biografia “Um surdo antes e depois do Abade L’Epée”. Foi defensor do povo surdo**, da cultura surda, da língua de sinais. Estudou no Instituto de Jovens Surdos-Mudos de Paris, onde foi professor. A base de sua prática de ensino era a identidade surda e a língua de sinais. Junto a outros companheiros surdos, criou um comitê de surdos e a primeira associação para surdos, semente para o surgimento das outras associações.
Pierre Pelissier: professor, poeta, membro ativo da Sociedade Central de Educação de Assistência aos Surdos Mudos. Elaborou a Iconografia de Sinais (um manual de sinais), posteriormente reproduzido pelo surdo brasileiro Flausino de Gama.
Infelizmente, os relatos da comunidade surda não parecem ter sido registrados em tão grande volume como aconteceu com as personalidades ouvintes, mas encorajamos o leitor a pesquisar em outras fontes, como na produção da professora e pesquisadora surda Karin Strobel. Um dos materiais da professora Karin é referência para esta postagem.
Dentre as personalidades surdas desse período, destacam-se:
Laurente Clerc: professor surdo do Instituto Nacional de Jovens Surdos-mudos* de Paris, fundado por Michael Charles de L’Epée, ensinou língua de sinais a Thomas Gallaudet. Ambos fundaram a primeira escola para surdos nos Estados Unidos.
Ernest Huet: professor em Paris, veio ao Brasil em 1855, visando fundar aqui uma escola para surdos. Com o apoio de D. Pedro II, fundou e dirigiu por cinco anos o Imperial Instituto de Surdos-Mudos, atual Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES). O Instituto foi fundado no Rio de Janeiro, em 26 de setembro de 1857.
Ferdinand Berthier: Escreveu vários livros e artigos, sendo sua obra de mais notoriedade a biografia “Um surdo antes e depois do Abade L’Epée”. Foi defensor do povo surdo**, da cultura surda, da língua de sinais. Estudou no Instituto de Jovens Surdos-Mudos de Paris, onde foi professor. A base de sua prática de ensino era a identidade surda e a língua de sinais. Junto a outros companheiros surdos, criou um comitê de surdos e a primeira associação para surdos, semente para o surgimento das outras associações.
Pierre Pelissier: professor, poeta, membro ativo da Sociedade Central de Educação de Assistência aos Surdos Mudos. Elaborou a Iconografia de Sinais (um manual de sinais), posteriormente reproduzido pelo surdo brasileiro Flausino de Gama.
Infelizmente, os relatos da comunidade surda não parecem ter sido registrados em tão grande volume como aconteceu com as personalidades ouvintes, mas encorajamos o leitor a pesquisar em outras fontes, como na produção da professora e pesquisadora surda Karin Strobel. Um dos materiais da professora Karin é referência para esta postagem.
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