De olho na mídia Em dezembro de 2015, na Conferência Mundial do Clima (C0P21), em um grande pacto global, foi assinado importante documento sobre emissão de gases. A matéria abaixo aborda o assunto. Países chegam a acordo para combater mudanças climáticas Às 19h26 (16h26 em Brasília) deste sábado 12, o ministro de Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, que guiou as negociações ao longo das madrugadas decisivas durante a Conferência do Clima de (COP21), anunciou que o Acordo de Paris foi aceito.O acordo foi celebrado como um "marco de uma nova era", um pacto histórico para reverter a crise climática. Delega ções oficiais e observadores comemoraram pelos saguões do Le Bourget, o centro de convenções que abrigou os 13 dias dessa COP21. [...] Ao lado da ministra de Relações Exteriores de Cingapura, Vivian Ba-lakrishnan, Izabella Teixeira [ministra do Meio Ambiente do Brasil] atuou decisivamente junto aos demais países para destravar as negociações na área de diferencia ção, ou seja, qual o peso e a responsabilidade de ricos e pobres nesse esforço mundial para conter as mudanças climáticas - que custa bastante dinheiro. As duas chefes de pasta haviam sido nomeadas pela presidência da COP21 para a missão, ao fim da primeira semana de negociações. Term ôm etro até 2100 Um ponto bastante comemorado no Acordo de Paris é a determinação de chegar até 2100 com emissões líquidas zero, ou seja, os gases estufa que forem liberados ao redor do globo pelas atividades humanas serão compensados. Seria, então, o início de uma economia neutra em carbono, a chamada “descarbonização”. O documento estabelece como objetivo limitar, até 2100, a elevação da temperatura a “bem abaixo" de 2 °C em rela ção ao nível pré-industrial. No entanto, o texto diz que “vai perseguir esforços para limitar o aumento a 1,5 °C”, e reconhece que, assim, os riscos e impactos das mudanças climáticas seriam reduzidos de forma significativa. “A referência a 1,5 °C é muito importante. Acima dessa marca é um ponto crítico demais para o Ártico, recifes de corais, florestas e para todos que moram em zonas costeiras", ressaltou Samanta Smith, do WWF. Desde a Revolução Industrial, o aumento de temperatura global foi de 0,85 °C. Até a marca de 1,5 °C, portanto, resta apenas 0,65 °C. A medida de ficar dentro desse limite é reduzir as emissões de gases estufa o mais rápido possível, alertam cientistas. Segundo o acordo, a intenção é atingir o pico de emissões “o quanto antes". Os países em desenvolvimento, como o Brasil, ganharam o direito de demorar um pouco mais para chegar a um nível máximo, mas logo após terão que agir rapidamente, a fim de cortar a poluição. Para que essa conta feche, o pico das emissões de C02 teria que ocorrer antes de 2030, e as emissões teriam que ser zeradas logo após 2050 - e não apenas em 2100, como prevê o acordo. "Tecnologias como a captura e estoque de carbono e o reflorestamento podem ajudar a compensar emissões residuais, mas cortar C02 é fundamental”, recomenda John Schellnhuber, diretor do Instituto de Potsdam. Não basta abolir o carvão e os demais combustíveis fósseis, adverte o pesquisador italiano Sandro Federici. "Precisamos mudar o nosso estilo de vida, comer menos carne, usar menos o carro, morar em casas eficientes, fazer uma revolução energética renovável, sermos positivos, cuidar e se importar mais com os outros: uma transformação cultural.” [...]
1 . O texto fala em “descarbonização”. O que seria isso?
2. O Acordo de Paris estabelece um parâmetro medido em °C para limitar o suposto aquecimento global. Em torno de quantos °C trabalham os cientistas para atingir a redução esperada?
3. A matéria aborda a necessidade de uma “transformação cultural” para se atingir plenamente os objetivos ambientais. Que transformação seria essa? Você acredita ser possível?
Soluções para a tarefa
Olá!
Vamos analisar as alternativas:
1) “Descarboniazção” seria o processo pelo qual os países e suas indústrias passariam visando acabar com a emissão de gás carbônico no ambiente.
2) O parâmetro será, de acordo com o texto da COP21, limitar o aumento em 1,5 ºC até o ano de 2100. Desta meneira, segundo os cientistas, os danos recorrentes do aquecimento global já seriam reduzidos.
3) A cultura do consumo deve ser revista para que o planeta continue provendo recursos necessários a vida. Infelizmente, a dificuldade em se fazer essa mudança é extrema, visto que o próprio conceito de felicidade hoje já esta atrelado ao consumo. Além disso, uma cultura de respeito ao meio ambiente, de entendimento de que somos todos parte de um todo, também seria necessária.