De maneira geral, o conhecimento de alguns gêneros textuais é fundamental não só na vida acadêmica e profissional, mas também no meio social que exige, cada vez mais, reflexões críticas. Diante dessa consideração, leia o texto abaixo.
Uma Lição de Vida (2010)
Por Aline T. K. M.
Coprodução entre EUA, Quênia e Reino Unido, e dirigido por Justin Chadwick (Mandela: O Caminho para a Liberdade), Uma Lição de Vida promete emocionar com história verídica.
Num vilarejo do Quênia, Maruge (Oliver Litondo) ouve no rádio o anúncio da educação gratuita para todos. Não tendo tido oportunidade de estudar no passado, o senhor de 84 anos – um veterano da tribo Mau Mau que lutou para libertar o Quênia dos ingleses – bate à porta da escola primária e espera uma chance de poder aprender a ler. Rejeitado de início, Maruge não desiste: já de uniforme escolar e uma pequena bolsa a tiracolo, volta a pedir por uma vaga e insiste até ser aceito pela professora Jane (Naomie Harris). Em meio a lembranças do doloroso passado, Maruge tem de enfrentar a revolta e as ameaças das autoridades, dos moradores da região e dos pais dos alunos, inconformados por um idoso ter sido aceito em uma classe de crianças de seis anos de idade.
A despeito da péssima escolha do título em português – seria mais interessante um que se aproximasse do original, The First Grader –, o longa nos brinda com uma trama de superação que, para nosso alívio, está bem distante da fórmula “autoajuda para assistir”.
Muito poderia ser dito acerca das belezas deste filme. Seja com relação à trama tocante, sem jamais escorregar no sentimentalismo piegas; ou então sobre os belíssimos planos fechados, capazes de causar sensações as mais diversas e que exprimem mais que palavras. Prefiro, no entanto, dar ênfase à força dos personagens e à entrega dos atores, aspectos capazes de arrepiar o espectador. Os protagonistas – o idoso Maruge e a professora Jane – colocam a determinação como base para se operar mudanças e apontam a educação como a ferramenta principal para isso.
Através de flashbacks bem situados, adentramos o passado de Maruge e somos confrontados com a chocante realidade da luta pela liberdade da ex-colônia britânica. A crueldade extrema e as condições mais desumanas foi o que Maruge encontrou nos campos de detenção na década de 50, após ter tido sua esposa e filhos cruelmente assassinados. Veio a liberdade para o Quênia, a vida continuou. O passado, porém, nunca foi de todo extinto e permanece como uma ferida que dói, além de uma dívida histórica.
Uma Lição de Vida é a história de uma luta que atravessa gerações. A luta de Maronge para superar seu passado, ir à escola e aprender a ler; a luta de Jane pelo amor à educação; a luta diária das crianças em face das condições precárias da escola, em que cinco alunos dividem uma carteira e tantos outros estudam sentados no chão. Mas também, trata-se de uma inspiradora história de conquista, portadora de uma verdade incontestável: “o aprendizado só termina quando tivermos terra nos ouvidos”.
Título: Uma Lição de Vida (The First Grader)
Diretor: Justin Chadwick
Roteiro: Ann Peacock
Elenco: Naomie Harris, Oliver Litondo, Tony Kgoroge, Vusi Kunene, Alfred Munyua, Shoki Mokgapa.
País de origem: EUA
Disponível em: . Acesso em: 29 mai. 2019.
Considerando as informações apresentadas sobre a resenha em nossos materiais de estudo, bem como a leitura da resenha apresentada, associe as duas colunas, relacionando as características do gênero textual em questão com suas respectivas exemplificações.
(1) Informações objetivas sobre o objeto resenhado. ( ) Segundo parágrafo em sua íntegra.
(2) Resumo do conteúdo. ( ) “A despeito da péssima escolha do título em português – seria mais interessante um que se aproximasse do original [...]”.
(3) Avaliação crítica. ( ) “Coprodução entre EUA, Quênia e Reino Unido, e dirigido por Justin Chadwick (Mandela: O Caminho para a Liberdade) [...]”.
(4) Descrição de características designativas do objeto resenhado. ( ) Muito poderia ser dito acerca das belezas deste filme. Seja com relação à trama tocante, sem jamais escorregar no sentimentalismo piegas; ou então sobre os belíssimos planos fechados, capazes de causar sensações as mais diversas e que exprimem mais que palavras.
A sequência correta dessa associação é:
Alternativas
Alternativa 1:
(2), (4), (3), (1).
Alternativa 2:
(4), (3), (1), (2).
Alternativa 3:
(3), (2), (1), (4).
Alternativa 4:
(1), (3), (2), (4).
Alternativa 5:
(2), (3), (1), (4).
francimaralves:
olá, alguém pode me ajudar?
(2), (3), (1), (4).
Soluções para a tarefa
Respondido por
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Resposta:
Alternativa 5:
(2), (3), (1), (4).
Explicação:
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