Geografia, perguntado por lucascraftphb00, 11 meses atrás

Dê exwmplos de transformações de paisagem em parnaiba

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Respondido por deftforleft
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cara pesquisa na internet pois essa resposta e muito grande A região dos bairros Olarias e Poti Velho contempla o encontro dos rios Poti e Parnaíba,

na cidade de Teresina – Piauí, e teve sua ocupação antes da criação da própria capital. Os

rios e as jazidas de argila proporcionaram atividades de pesca, olaria e produções

cerâmicas. Tais elementos remetem a importância ambiental, simbólica, cultural e

econômica da região. A partir de 1990, intervenções através de investimentos públicos

modificaram o local, entre elas: Parque Ambiental do Encontro dos Rios, Incubadora do

Artesanato Artístico de Teresina – INART, Polo Cerâmico do Poti Velho e Centro de

Produção de Arte Santeira. Assim, analisou-se como tais intervenções contribuíram na

identidade local, quanto aos aspectos culturais e ambientais relacionados à paisagem

ribeirinha, morfologia e dinâmica dos bairros. Os procedimentos metodológicos utilizados

foram fontes bibliográficas e documentais, entrevistas com moradores locais e agentes

públicos, aplicação de questionários e visitas de campo.

1 INTRODUÇÃO

A paisagem rodeia e enlaça, todos estão sempre envolvidos emocionalmente, seja de forma

positiva ou negativa e são, na maioria das vezes, agentes e não apenas observadores da

paisagem. Principalmente em meios urbanos, a paisagem sempre é afetada pela dinâmica

do local onde está inserida e isso modifica sua relação com os habitantes da área.

Tudo aquilo que nós vemos, o que nossa visão alcança, é a paisagem.

Esta pode ser definida como o domínio do visível, aquilo que a vista

abarca. Não é formada apenas de volumes, mas também de cores,

movimentos, odores, sons etc (SANTOS, 1988, p. 21).

A cidade de Teresina esbanjava um exuberante verde nas primeiras décadas de sua

formação e em vista disso recebeu o apelido de Cidade Verde, concedido pelo poeta

maranhense Coelho Neto. Embora seja a única capital da região Nordeste que não está

localizada nas margens do Oceano Atlântico, ela desfruta de uma singularidade em relação

às demais capitais da região, uma vez que foi privilegiada com uma paisagem constituída

pelo encontro dos rios Poti e Parnaíba, onde se encontram os bairros em estudo: Poti Velho

e Olarias.

Teresina nasceu em um exuberante pedaço da natureza, que lhe deu uma

beleza singular: emoldurada por dois grandes rios “que a abraçam” e que

recebem vários pequenos riachos nos seus terraços pontilhados por

centenas de lagoas, formando um belo sistema lagunar-fluvial. Juntos, os

elementos: rocha, clima, relevo, rios e solos imprimem dinâmica ao  

cenário de fluxos de energias e matérias, movimentando água x

sedimento x vida, desenhando as formas que se elevam a partir desses

rios em patamares e topos planos – terraços, encostas e baixos planaltos

(hoje parte descaracterizados pelos cortes/ aterros/ pavimentação), bem

como fazendo brotar vida vegetal e animal que emolduram a paisagem

local, base dos demais fluxos individuais e sociais. Estes interagem com

o natural, dando-lhe forma e sentido (LIMA, 2002, p. 186).

Desse modo, a paisagem ribeirinha configura-se como o ponto de maior atração local, e

além dela, a presença de lagoas próximas a área, como a Lagoa dos Oleiros, também

influenciou a dinâmica destes bairros e dos adjacentes, construindo diferentes relações com

moradores, trabalhadores e visitantes. Os bairros Olarias e Poti Velho possuem Zona de

Preservação - ZP desde 1988 com a lei municipal de Teresina nº 1939 (TERESINA,

1988) por se tratar de faixa marginal dos rios. A presença dos rios nessa paisagem urbana

remete não apenas a importância ambiental, mas também a questões simbólicas, culturais,

afetivas e econômicas para a região desses bairros.

A atividade oleira existente na Lagoa dos Oleiros, a pesca nos rios e posteriormente o

desenvolvimento da produção cerâmica tornaram a paisagem agente transformador. No

entanto, em consequência dessa expansão, houve um adensamento populacional, na região

em estudo, de maneira desordenada. Além disso, a condição de preservação desses rios e

suas margens se encontra degradada devido às ocupações irregulares impulsionadas pelas

atividades de subsistência e pela falta de planejamento no uso dos recursos naturais.

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