História, perguntado por israelaguiarlip6ukhj, 1 ano atrás

Dê as características do governo provisório de Vargas?

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Respondido por landadreveckpb9nn8
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As principais características do início da atuação de Vargas como presidente foram: 1) a centralização do poder político e o consequente enfraquecimento das oligarquias regionais, especialmente a paulista; 2) a modernização econômica, sobretudo após a Crise de 1929, que exigiu uma aceleração na política de substituição de importações, isto é, a produção de maquinário industrial em solo brasileiro, que resultou no desenvolvimento dos setores de siderurgia e metalurgia; 3) o enfrentamento da insatisfação de São Paulo, que exigia uma Assembleia Constituinte – já que Vargas governava “provisoriamente” como apoio do Exército e havia dissolvido o Poder Legislativo.

Em 1932, o estado de São Paulo insurgiu-se contra o poder central da República, episódio que ficou conhecido como “Revolução Constitucionalista de 1932”. Vargas, valendo-se da ação do Exército Nacional, sufocou a insurgência paulista. Entretanto, a pressão por uma Constituição continuou e, em 1933, foi convocada uma Constituinte que definiu a nova Constituição, em 1934, por meio da qual Vargas foi eleito indiretamente para a presidência. No ano seguinte, uma nova revolta articulou-se contra o governo de Getúlio, dessa vez a dos comunistas, que eram liderados por Luiz Carlos Prestes. A “Intentona Comunista”, de 1935, abriu um precedente para Vargas e os generais do Exército tramarem o golpe que o preservou no poder até 1945.

O “Estado Novo” – a fase explicitamente ditatorial de Getúlio Vargas – foi instituído no dia 10 de novembro de 1937. A Constituição de 1934 foi revogada, e o país viu-se privado de eleições e de liberdade de expressão, além de submetido ao controle de caráter fascista fortemente inspirado nos líderes autoritários europeus da mesma época, Mussolini e Hitler. Contudo, um dos destaques do período do “Estado Novo” foi a criação das leis trabalhistas através da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), aprovada em 1º de maio de 1943.

Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a queda dos regimes fascistas, o “Estado Novo” varguista entrou em crise, pois o seu formato autoritário de governo sofreu um grande desprestígio. Desse modo, a mesma junta militar que ajudou Getúlio Vargas a erigir sua ditadura acabou por depô-lo do poder. Ainda que o político gaúcho tenha articulado, em 1945, o chamado “queremismo” (movimento popular em prol de sua permanência na presidência da República, que gritava o bordão “Queremos Getúlio!”), não conseguiu evitar o seu afastamento.

Getúlio voltou ainda ao poder em 1951 após disputar as eleições democráticas de 1950, em um contexto, portanto, bem diferente daquele no qual se manteve por quinze anos no poder. Contudo, não chegou a terminar seu mandato. Pressionado por vários setores da sociedade, principalmente pelo jornalista e político Carlos Lacerda, a renunciar em razão das medidas populistas que vinha adotando em seu governo, Vargas decidiu dar um desfecho trágico à sua trajetória, suicidando-se com um tiro no coração em 24 de agosto de 1954.

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