De acordo com o texto ,como a auto limpeza diminuiria a poluição do Rio Tietê
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Resposta:
A julgar pelos dados coletados pela Fundação SOS Mata Atlântica, será preciso redobrar os esforços e a articulação com as autoridades municipais. Segundo o relatório anual Observando o Tietê, o trecho “morto” do rio – aquele sem condições de vida, consumo ou irrigação – cresceu, após três anos de diminuição, 33%, de 122 km para 163 km, a maior marca desde 2013, quando chegou a 177 km.
As causas são várias. Em primeiro lugar, há as variações sazonais. No último ano o volume das chuvas nas bacias do Alto e Médio Tietê foi 20% inferior à média dos últimos 23 anos. Por um lado isso reduz a carga da poluição difusa proveniente de lixos e resíduos sólidos não coletados nos municípios, além de agrotóxicos, fertilizantes e outros detritos. Mas, por outro lado, a pouca vazão diminui a capacidade dos rios de diluir os poluentes. Isso explica em parte a piora inédita na região do Alto Tietê, onde se encontra a cabeceira do rio. Há ainda episódios atípicos, como os temporais que atingiram a cidade de São Paulo em fevereiro e julho, obrigando a abertura das barragens no Sistema Alto Tietê, com a canalização de detritos para o Médio Tietê.
Em relação aos impactos climáticos e sazonais as receitas são conhecidas: ampliação dos serviços de saneamento básico e ambiental, assim como das áreas protegidas, dos parques lineares e das várzeas – serviços ecossistêmicos das áreas naturais, cujos resultados podem ser evidenciados pelas condições regulares da água na região do Parque Ecológico do Tietê. Mas há também os fatores crônicos, como a urbanização intensa, a perda de cobertura florestal e as fontes difusas de poluição. São causas humanas, que justamente devem ser objeto de novas regulações e ações.