De acordo com o início do som no cinema, como se deu a introdução do som nos filmes
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OS PRIMÓRDIOS
Vamos fazer uma viagem que se inicia no século XIX e termina hoje, com os desafios da atualidade.
Já por volta de 1880 era possível encontrar vários sistemas que permitiam visualizar imagens em movimento. Normalmente eram dispositivos individuais, e até “lanternas mágicas” com algum grau de movimento. Mas eram só imagens. A gravação, reprodução, ou a simples transmissão do som estavam engatinhando nos laboratórios Bell e na oficina de Edison.
Havia máquinas de visão individuais com imagens em movimento, como as de Edison, tipo caça-níqueis, pois ele não queria saber de democráticas telas grandes ?que matariam a galinha dos ovos de ouro?.
Mas para poder estabelecer uma base de partida, vamos chamar de Cinema a uma imagem em movimento que é projetada numa tela, numa sala escura e onde você paga um ingresso. Em 1895 deu-se a primeira experiência desse tipo, no famoso porão do Boulevard dos Capuchines, em Paris (hoje, parte do Café de la Paix, mas não há sequer uma placa que indique que ali foi realizada a 1ª projeção de cinema da história!) graças a um empreendimento dos irmãos Lumière.
Vale a pena lembrar que bem antes da introdução do som, o cinema já havia deixado de ser um espetáculo de circo para ter um valor próprio. Começava a ser considerado uma indústria e uma arte. Os primeiros filmes eram simples tomadas de poucos segundos, tipo “Saída dos operários de fábrica”, “A chegada do trem”, etc.
Mas alguns gênios criativos aparecem, percebendo que logo o público cansaria de assistir atração instantânea e primária das simples tomadas, por exemplo, George Meliés, que decidem experimentar e contar uma história.
A partir dessas primeiras experiências, o cinema se descobre e revela, começa a inventar a sua linguagem, e teremos depois os aportes de Eisenstein, Griffith, Bela Balàz entre muitos outros, se inventa a montagem, a formulação de um roteiro, ou seja, o cinema se reinventa, se potencializa, e o público responde com um interesse enorme. Logo no inicio começa a gênese da idéia da introdução da dimensão do som, que gera um novo poder de atração e sedução.
Sabemos pela nossa experiência diária, que a audição e a visão são os sentidos que nos dão maior informação. Logo ficou evidente que a imagem sozinha em movimento não era suficiente, estava incompleta: o sentido da audição naturalmente reclamava a sua parte.
Assim, começaram os acompanhamentos de piano para dar uma ambiência ao filme, e dessa forma melhor sustentar a ação, gerar expectativa ou melhor descrever o personagem. Mas cada sessão precisava de um piano, e de um bom pianista com certo talento de improvisação. E do salário dele.
Os exibidores pediam alguma forma de registrar o som e reproduzi-lo na sessão, da mesma maneira que já acontecia com a imagem.
A bitola de 35mm foi estabelecida em 1895 como uma forma de trabalhar, dentre muitas outras que não sobreviveram. Se bem na virada do século existiam várias maneiras de registrar e reproduzir o som, elas não eram apropriadas para serem copiadas, pois eram baseadas em cilindros.
Em 1910, aparece o som em disco, que pode ser copiado e fabricado em série por prensado. Grande revolução de vitrolas, discos e cornetas nas vitrines. E como o disco funcionava, a vitrola funcionava, foi natural contar com eles no cinema.
O sistema mais conhecido e que teve certo sucesso comercial foi chamado posteriormente de Vitaphone. Era um sistema no qual se acompanhava o filme com um disco de 16 polegadas.
Embora dispensasse o pianista, o disco não era a solução ideal. Pensemos nas conseqüências de um pulo da agulha no sincronismo, ou um risco na superfície, a logística
da distribuição, a dificuldade do transporte, a fragilidade, etc, além do custo de fabricação.
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