Português, perguntado por TamiresMarques15, 9 meses atrás

De acordo com o contexto do trecho I, diga o que seria”o homem arruinado”, o
“homem dos avessos”.

Soluções para a tarefa

Respondido por emmanuellequeen
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Resposta:Como o autor cita que "o diabo vige dentro do homem", entende-se que o "homem arruinado" ou "homem dos avessos" é alguém que possui crueldade, seja maligno ou impiedoso.

Explicação:

Respondido por heloisagoncalves745
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De acordo com o contexto do trecho I, um homem arruinado é um homem que promove o mal, que se satisfaz em ver o seu semelhante sofrendo.

O narrador considera difícil viver em sociedade, pois os homens possuem uma maldade natural, que se basta de pretextos para acontecer, e desse modo nunca se está em paz e tranquilo em sociedade, pois o homem é a própria presa do homem.

Este trecho se utiliza de linguagem arcaica, rebuscada para explanar acerca das vivências humanas, que são complexas, mas necessárias, pois o homem depende do meio e de suas relações para produzir e viver bem.

Portanto, o convívio social é ambíguo, ao mesmo tempo que se precisa dele, se vive com medo de ser atacado pelos semelhantes.

Trecho

De primeiro, eu fazia e mexia, e pensar não pensava. Não possuía os prazos. Vivi puxando difícil de dificel,  peixe vivo no moquém: quem moi no asp’ro, não fantaseia. Mas, agora, feita a folga que me vem, e sem  pequenos dessossegos, estou de range rede. E me inventei neste gosto, de es pecular ideia. O diabo existe  e não existe? Dou o dito. Abrenúncio. Essas melancolias. O senhor vê: existe cachoeira; e pois? Mas  cachoeira é barranco de chão, e água se caindo por ele, retombando; o senhor consome essa água, ou  desfaz o barranco, sobra cachoeira alguma? Viver é negócio muito perigoso...

Explico ao senhor: o diabo vige dentro do homem, os crespos do homem – ou é o homem arruinado, ou o  homem dos avessos. Solto, por si, cidadão, é que não tem diabo nenhum. Nenhum! – é o que digo. O  senhor aprova? Me declare tudo,franco – é alta mercê que me faz: e pedir posso, encarecido. Este caso –  por estúrdio que me vejam – é de minha certa importância. Tomara não fosse... Mas, não diga que o  senhor, assisado e instruído, que acredita na pessoa dele?! Não? Lhe agradeço! Sua alta opinião compõe  minha valia. Já sabia, esperava por ela-já o campo! Ah, a gente, na velhice, carece de ter sua aragem de  descanso. Lhe agradeço. Tem diabo nenhum. (...)

Guimarães Rosa. Grande Sertão: veredas. 1994, pp 7-9.

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Bons estudos!

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