de acordo com Foucault Quais são as instituições fechadas e voltadas para o controle social?
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Resposta:
Foucault cria a ideia de sociedade disciplinar para tentar dar uma resposta à altura do fracasso dos ideais iluministas. Fracasso porque percebemos que nossas sociedades – construídas com base na universalidade da razão, no contrato do consenso social – estão mais para impotentes do que modernas. Foucault aponta genealogicamente uma das causas: a disciplina, é a face obscura da luta pelos direitos, é seu contraponto.
Não se trata de contestar a importância da luta pelos direitos e da revolução francesa, mas de observar em que medida a ascensão burguesa promoveu e ao mesmo tempo suprimiu os ideais de “liberdade, igualdade e fraternidade”. Cortem a cabeça dos reis! Coloquemos o Homem no lugar! E assim, inicia-se um processo que enquadra a multiplicidade sob linhas de normalidade e semelhança.
A Sociedade Disciplinar tem dois métodos que culminam numa estrutura. Primeiro: uma arquitetura que se transformará em arquétipo para um tipo de sociedade. O homem inventou o espaço da excelência disciplinar, onde o olho do poder está sempre atento. O espaço da disciplina é recortado, imóvel, fechado; o tempo é medido, cronometrado, repetido, fiscalizado. Cada qual prende-se ao seu lugar e sua rotina, permanentemente fiscalizados e vigiados.
De outro lado, uma série de recursos para o bom adestramento. O que nossa sociedade produz de melhor? Indivíduos produtivos, claro. Dispusemos nossas instituições para a formação de uma fábrica de subjetividades obedientes. A disciplina não quer, jamais, reduzir as forças. Ela quer selecioná-las, torná-las mais efetivas. Adestrar é dispor as forças de um corpo para um determinado destino, fazê-lo responder à vigilância, à punição e ao exame como Homem, racional, confiável, adulto, sadio, branco, heterossexual, europeu, enfim, normal.