Daniel Munduruku era ainda menino pequeno e não falava muito com o seu avô, porque ele era um homem velho e misterioso; dava conselhos sobre as ervas e plantas que curam.
Uma vez, percebendo que seu neto, Daniel, estava muito triste, o seu avô o chamou para tomar banho nos igarapés.
Chegando lá, ele disse:
— Está vendo aquela cachoeira? Sente-se nela e fique lá até eu mandar você sair.
Enquanto isso, o seu avô tomou um longo banho para relaxar seu corpo cansado e velho.
Ao final da tarde, o avô disse:
— Pode vir tomar banho Daniel.
Daniel mergulhou com vontade. Quando subiu à tona, ele olhou para os lados e não viu o seu avô, então saiu gritando seu nome:
— Vovô Apolinário! Vovô Apolinário!
O seu avô apareceu e disse que estava fazendo xixi longe do rio, porque a água do igarapé é pura, e o xixi enfraquece seu espírito, pois tudo está vivo.
O velho avô indígena disse que esperava que seu neto tivesse aprendido algo
com o rio. Mas na época, Daniel não havia aprendido nada. Então o sábio indígena disse:
— Você chegou à aldeia hoje muito triste. Veio da cidade se sentindo inferior, pois lá as pessoas o maltrataram. Está na hora de você aprender algumas coisas sobre
quem você é, e foi por isso que eu te trouxe até aqui. Você viu o rio, ouviu as águas e o que foi que eles lhe ensinaram? A paciência, a perseverança. A paciência de seguir o próprio caminho de forma constante, sem nunca se apressar. Perseverança para ultrapassar todos os obstáculos que surgirem no caminho. O rio sabe aonde ele quer chegar e sabe que vai chegar, não importa o que aconteça. Ele sabe que seu destino é um dia se juntar ao grande Rio Tapajós.
Temos que ser como o rio, meu neto. Temos que acreditar que somos um pequeno fio na teia da vida, mas um fio importante, sem o qual a teia desmorona. Quando você estiver triste, venha para cá ouvir o rio.
Foi o maior discurso que o pequeno indígena Daniel Munduruku tinha ouvido do seu avô. Ele falava pouco, mas dizia muito. Nessa época, Daniel não compreendia muito bem as palavras do seu avô, mas guardava bem guardado em seu coração.
Outro dia, na beira da fogueira, o velho indígena falou assim:
— Tem coisas que nunca vamos saber, pois a nossa vida é curta. Mas todas elas podem ser lidas na natureza, porque ela sempre esteve aqui. Os homens buscam as respostas e as curas no céu, sendo que elas estão na terra. Quem quiser conhecer as coisas deve perguntar para nosso irmão o fogo, pois ele esteve presente na criação do mundo, ou aos quatro ventos, ou as águas puras dos rios, ou ainda a nossa primeira
mãe: a terra. (Ele falava e se calava, contemplando o fogo a sua frente.).
O nosso mundo está vivo, a terra está viva, os rios, o fogo, o vento, as árvores, os pássaros, enfim, todos os animais, pedras e seres vivos, são todos nossos irmãos e irmãs. Quem destrói a terra, destrói a própria alma e não merece viver. Depois de assimilar as lições do seu velho avô, passado algum tempo, Daniel volta correndo para a aldeia e chega dizendo orgulhoso:
— Vovô, vovô, eu sou índio.
Então, seu avô abriu um belo sorriso e disse:
— Já é hora de eu me juntar ao grande Rio Tapajós, porque você aprendeu a
lição, meu neto.
Mas Daniel ficou desesperado.
— Vovô eu tenho tanto para aprender com você, tem tantas lições que você tem que me ensinar.
Serenamente, o avô disse:
— Lembre-se sempre meu neto, que só duas coisas importantes você precisa
saber na vida: a primeira, é nunca se preocupar com coisas pequenas; a segunda, é
que todas as coisas são pequenas.
E com essas palavras ele se juntou ao grande Rio.
a partir dos elementos religiosos apresentados, escreva uma história representando esses elementos. Seja criativo, use bastante a sua imaginação.
a materia é ensino religioso
Soluções para a tarefa
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Resposta: Me manda de que pet é e eu irei responder
Explicação: desculpa não respondeu direito mas eu preciso do pet para responder
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Resposta:
PET 7 O MEU É AVALIATIVO PRECISO ACABAR HJ ME AJUDA
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