Daí ser fácil compreender por que ele não se eufoniza diante de uma cachoeira, frente ao atropelo das águas das corredeiras, da beleza de uma flor, do voo de uma borboleta ou do colorido das aves, nem tampouco se detém diante do ronco dos jacarés ou do exaltar de uma onça. Pois a natureza é dele e, dela, ele é parte. Imitando no seu corpo as marcas dos animais que o rodeiam, reduz a traços geométricos as pintas da onça, do peixe pintado ou da cobra sucuri. O índio se pinta sentindo prazer na força da cor, dessa cor viva que ele acha na flor, nas penas do passarinho ou nas asas da borboleta. Ele, entretanto, jamais se admira diante das formas que vê na natureza. Achando-as bonitas, ele simplesmente as transforma em motivos para decorar seu próprio corpo. Os índios do Xingu, com quem tivemos o privilégio de conviver por vários anos, ostentavam essa face. Plenamente integrados ao seu meio, viviam segundo seu sistema original de organização social, numa relação de pleno equilíbrio com a natureza. Por isso não é difícil de compreender por que, para essas comunidades, a terra é essencial. A terra é essencial para o índio, pois nela estão suas tradições, suas origens e todo o seu passado histórico, além, é claro, de ser a fonte de onde tira os recursos para a sua subsistência. Em seus domínios, o índio não conhece limites. Não existe limitação de propriedade. Dentro da comunidade, a terra é de todos, de modo que um índio pode usufruir individualmente dos benefícios da terra que está ocupando, mas não é seu proprietário. Se num ano ele faz uma roça num determinado lugar, e no ano seguinte não a ocupa, qualquer outro índio poderá ocupá-la. O produto da roça é dele, mas a terra não. A terra é de todos.
a. Se você visitasse uma grande cachoeira pela primeira vez, provavelmente ficaria maravilhado com o que viesse a ver. Também sentiria um grande medo ao ouvir um rugido de uma onça, próxima a você. Segundo os seus conhecimentos e os aspectos do texto, por que um índio selvagem não teria a mesma sensação de euforia ou de medo sentido por você, nessas mesmas condições aqui relatadas? Explique suas ideias
. b. Aponte e comente dois episódios da nossa colonização que provam que o nosso processo de colonização foi repleto de violência e preconceito cultural para com os índios.
GENTE E ATE HOJE PLS
Soluções para a tarefa
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Resposta:
Das 156 espécies de mamíferos não-voadores com distribuição para a Mata Atlântica, 40 espécies ocorrem no PNSB. Cinco espécies de mamíferos são endêmicas da Mata Atlântica: ouriço-cacheiro (Sphiggurus villosus), sagüi-da-serra-escuro (Callithrix aurita), bugio (Alouatta guariba clamitans), macaco-prego (Sapajus nigritus) e muriqui ou mono-carvoeiro (Brachyteles arachnoides).
Um grande número de espécies ameaçadas são protegidas pelo PNSB, entre elas a onça-pintada (Panthera onca), a onça-parda ou suçuarana (Puma concolor capricornensis), o muriqui o e o sagui-da-serra-escuro.
A presença da onça-pintada no interior do Parque foi confirmada recentemente, graças a uma pegada encontrada nas proximidades da cachoeira do Veado (ver notícia).
A onça-parda possui uma grande área de vida e se desloca desde os diversos ambientes florestais até pastagens e campos de altitude. A presença desta espécie demonstra a importância da preservação das áreas de mata situadas dentro e fora dos limites do Parque.
O muriqui, considerado o maior primata da América e muito exigente em termos de estrutura de habitat, é encontrado dentro do PNSB em áreas de grotões de mata de difícil acesso, ainda em bom estágio de preservação. Apesar de ameaçado de extinção, ainda é procurado por caçadores nas áreas do entorno do Parque.
Já o sagüi-da-serra-escuro, está presente em áreas de mata secundária em diversos estádios de sucessão.
Espécies mais tolerantes a áreas abertas, como o furão (Galictis vittata), o veado-mateiro (Mazama americana) e o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), podem ser encontrados nas bordas de mata.