“Dados indicam que senhores de escravos, a população em geral e algumas autoridades usavam dos talentos desses índios e índias em curas e/ou para se livrarem de feitiços. Há também indícios de que a interferência destes senhores nestas práticas mágicas foi mais substantiva do que o simples conhecimento de sua existência. Em 12 de maio de 1749, foi encaminhada do Pará uma acusação ao tribunal, em Lisboa (...). A denúncia acusava a índia de ser adivinha. Bento Guedes de Sá [proprietário da índia] dizia-se afortunado por possuir a tal adivinha que, dentre outras coisas, andava descobrindo malefícios na forma de embrulhos e “várias superstições”. Bento Guedes (...) não a negava a quem a procurasse. Denunciou-a o capitão Manoel da costa e Araújo que, ao ser questionado pelo comissário [responsável pela investigação] sobre qual o conceito que dela fazia, se era virtuosa ou não, disse que a seu ver a “aclamava por insigne feiticeira, que se portava de modo simples”. O comissário teve o cuidado em destacar que averiguou a opinião de várias pessoas sobre a tal índia – uns atribuíam à mesma grande virtude, outros consideravam-na possuidora da “arte diabólica”.”
(carvalho júnior, Almir Diniz de. Índios cristãos: a conversão dos gentios da Amazônia portuguesa (1653-1769). Tese (doutorado). Campinas, universidade estadual de campinas, 2005, p. 325.)
O trecho acima se refere a uma investigação conduzida por um comissário do santo ofício, a respeito de práticas realizadas por uma indígena, as quais eram consideras hereges aos olhos da igreja católica. Com base neste documento, responda as questões abaixo:
a) Quais sujeitos se utilizavam dos “talentos” da indígena alvo da investigação?
b) Com base no texto, de que forma é possível perceber o sincretismo religioso no estado do Grão-Pará e maranhão durante o século XVIII?
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