Da janela em Nova Lima
Nos tempos de criança eu gostava de ficar na janela olhando a
chuva. Esquecia de tudo e ficava apreciando as enxurradas que se
formavam gerando o barro nas estradas. Por muitos dias chovia
e da janela se viam as várzeas brancas de água, como meus pais
enxergavam. O barulho das goteiras lá fora se confundia com o
das que caíam dentro de casa do telhado encharcado. Chove lá
fora, chove dentro de casa sem tempo para consertar as telhas.
O tempo passou. Olho a chuva da janela e tento sentir o prazer
de outrora, mas a ansiedade impede a satisfação. A gente olha
pensando que será passageira, que os reservatórios estão vazios,
as nascentes secando e os terrenos mais áridos não produzindo
como em outras épocas. O pensamento não está na chuva.
Viver épocas tão diversas dá no em nossa cabeça. A gente viveu
muito ou a vida do tempo acelerou. Não há tempo de se adaptar
às diversidades da natureza. Procuramos o cheiro da chuva, mas
o cheiro da chuva precisa de terra, [de] árvores e [do) ar puro que
mistura esses aromas e faz chegar à janela. As janelas são outras,
os aromas também, e a chuva?
Soluções para a tarefa
Respondido por
1
Resposta:
Não consegui responder desculpa mesmo
❣
mariaclarabts38:
não tem problema
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