Da escuridão para o colondo Aluna Evelin Cristina Nascimento da Silva Tristezal E o que sinto quando abro meus olhos e vejo a mais terrivel escudo que não cessa o unico remédio e fechados e deixar-me levar pelas lembranças Lembro-me como se fosse ontem bem cedinho, o sol não havia nem acordado ainda eu já estava na estrada da minha cidade Santa Branca que nem asfaltada ere, pura terra com uma brochura e alguns lápis dentro de uma sacolinha de arroz - pois nossa vida era dificil e papai só ganhava o suficiente para não morremos de fome e frio. Enquanto caminhava, a poeira batia em meus olhos e os fazia ficar cheios d'água. Eu la cantarolando que nem um sabie até chegar a escola Barão de Santa Branca hoje bem conhecida na cidade e antigamente a única. Recordome de que la hava um muro para meninos e meninas não ficarem misturados. Bobageml Al de nos se tentássemos olhar para elas... A régua cantava na palma de nossas mãos parecia que os professores sentiam prazer em fazer isso, eram rigidos demais Assim que saíamos da escola, eu e meus amigos iamos nadar atrás da fábrica de trigo que hoje não existe mais - nem a fábrica, nem as águas limpas. Depois iamos jogar bola atrás do mercado municipal, onde hoje é o posto de saude. Ficavamos parecendo tatus, a terra grudava nas roupas e na pele molhada. Depois disso dávamos mais um pulo na cachoeira, pois se chegássemos assim em casa a vara de amora era o presente para nossas pernas O mais engraçado era ver d. Dolores dirigindo. Se surgia uma nuvern de poeira podiamos ter a certeza de que era ela com seu Chevrolet. Afinal, era a unica mulher de Santa Branca que dirigia. Não posso me esquecer dos cortejos, a cidade inteira seguindo um cartão sem saberquem estava dentro. Havia uma banda que tocava para o defunto e ele tinha direito até a foto. Dá para acreditar nisso? Mamãe me diza para não dar risadas nem ir vero rosto do morto, principalmente se fosse gente ruim, senão ele poderia voltar para assombrar. O sino da delegacia tocava pontualmente as 21 horas para todos se recolherer, era uma época bem perigosa. De noite a cidade era iluminada por lampão de querosene - isso a deixava mais sombria. Foi minha melhor época, mas hoje sou velho, e a cegueira tomou conta dos meus olhos. Tenho saudade do colorido que hoje só vejo em minha mente através das lembranças do passado. Escuridão é o que eu vejo, mas jamais sairá de mim a magia de recordar 1. O texto está narrado em qual pessoa do discurso? 2. A autoria é da mesma pessoa sobre a qual se conta a história? Justifique. 3. Este texto pertence ao gênero: ( ) biografia autobiografia ( ) entrevista () memórias literarias 4. O texto foi construido a partir de coleta de dados. Qual foi o recurso usado para isso? 5.De que fase da vida o narrador se lembra no texto? 7 Na infància do narrador, há mais momentos felizes ou tristes? Retire do texto um episódio que justifique sua resposta. 8. Qual a importância das lembranças para este entrevistado em especial? 9. Qual detalhe mais lhe chamou a atenção sobre o que foi contado?
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