História, perguntado por victoriagabrielle35, 7 meses atrás

D.pedro I recebeu várias cartas,dentre elas uma de Portugal. Oque a carta de Portugal exigia de D. Pedro I? E oque aconteceria se ele não acatasse as ordens?

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Respondido por nazaresanttana
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Explicação:

Os antecedentes da história da Independência do Brasil têm vários aspectos, mas cabe destacar os fatos que ocorreram em São Paulo e foram determinantes para a vinda do príncipe D. Pedro, culminando com o grito do Ipiranga.

A divergência entre os membros da junta do governo provisório, conservadores e liberais, que desde o ano anterior dirigiam os destinos da Província de São Paulo, resultou na eclosão, no dia 23 de maio de 1822, de uma revolta que depois ficou denominada a Bernarda de Francisco Ignácio.

No dia 25 de maio, D. Pedro expediu decreto "para dar pronto remédio a tais desordens e atentados que diariamente vão crescendo" e destituiu o governo da Província. Ele determinou as eleições para deputados à Assembléia Geral e Constituinte e a "nomeação de um governo provisório legítimo". Uma carta da mesma data ordenou aos membros da junta governativa de São Paulo que dessem pronta e fiel execução às ordens do príncipe Regente.

As tropas, vindas de Santos, foram hostilizadas pela população paulistana, e o seu comandante marechal Cândido Xavier de Almeida e Sousa resolveu recuar e aguardar os acontecimentos. Em 24 de julho de 1822, com a desistência do marechal Rendon de tomar posse, a nomeação do próprio Xavier de Almeida para esse cargo e com o retorno das tropas para Santos a situação na capital se normalizou.

Com destino a São Paulo

Outro fato grave ocorreu, por ocasião do enforcamento de 12 soldados que se haviam colocado à frente de seu batalhão na cidade de Santos, para pleitear a equiparação de soldos com os praças portugueses, a condenação dos envolvidos causou comoção na população paulista.

Em razão desses fatos, D. Pedro, príncipe Regente, revolveu vir à cidade de São Paulo e a Santos, a fim de apaziguar os ânimos. Em decreto de 13 de agosto de 1822, determinou que, em sua ausência, a princesa Leopoldina presidiria ao despacho de expediente e às sessões do Conselho de Estado; no dia seguinte partiu da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, com destino a São Paulo.

Foram percorridas por D. Pedro e sua comitiva, a cavalo, no primeiro dia de viagem, onze léguas (légua de 6.600 m), tendo pousado na fazenda de Santa Cruz (residência de verão da família real, a oeste do Rio). No dia 15, a segunda parada foi na fazenda da Olaria (lugar hoje submerso pela represa de Lajes - município de Rio Claro - RJ). Em 16, o príncipe regente entra em território paulista, em mulas e cavalos, vai para a fazenda das Três Barras, em Bananal. Depois de passar por Bom de Jesus do Bananal e São João do Barreiro, dorme em São Miguel das Areias, tendo partido com novos animais e com a guarda de honra formada por moradores do vale do Paraíba. Passou por Silveiras e jantou no Porto de Santo Antonio da Cachoeira e, no dia 18, chegou a Lorena, onde por decreto dissolveu o governo provisório, assumindo efetivamente o governo da Província de São Paulo. Dia 19, pousou em Guaratinguetá, onde recebe "ótimas cavalgaduras para toda a comitiva, sempre mais numerosa", e vai rezar na Igreja de Aparecida. Em 20 de agosto, descansou em Pindamonhangaba. No dia 21, em São Francisco das Chagas de Taubaté, foi recebido com grande efusão e, no dia seguinte, chegou à vila de Nossa Senhora da Conceição do Rio Paraíba de Jacareí. Depois de passar pela vila de São José do Paraíba (hoje São José dos Campos), chegou, em 23, na vila de Santana de Mogi das Cruzes, tendo nessa localidade recusado a receber emissários do governo paulista dissolvido e da Câmara, nomeando governador das Armas de São Paulo o marechal Cândido Xavier de Almeida e Sousa.

Finalmente, após 634 km, em 12 dias, chega em 24 de agosto, a Penha de França, onde fez o seu último pouso antes de entrar em São Paulo. Na manhã de 25, participa de missa na capela de Nossa Senhora da Penha, logo após segue para a Capital. Na Sé, assiste, com sua comitiva, à solene Te Deum e depois recebe o beija-mão de autoridades e do povo. Permanece alguns dias na Capital, nesse período conhece D. Domitila de Castro e Mello, a futura marquesa de Santos.

Em 5 de setembro, foi a Santos a fim de inspecionar as fortalezas e visitar pessoas da família de José Bonifácio, seu ministro de Estado. De regresso a São Paulo, no sábado, por volta das 16 horas, dia 7 de setembro de 1822, quando D. Pedro e comitiva se encontravam no alto de colina próxima do riacho do Ipiranga, dois cavaleiros em rápida carreira vão a seu encontro, eram o major Antônio Ramos Cordeiro e Paulo Bregaro - hoje Patrono dos Carteiros -, este, como correio-real da Corte, trazia diversas correspondências: cartas de sua esposa Leopoldina, de José Bonifácio; duas de Lisboa - uma de seu pai D. João VI e a outra com instrução das Cortes, exigindo o regresso imediato do príncipe e a prisão e processo de José Bonifácio, e a última de Chamberlain (amigo de confiança do príncipe D. Pedro).

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