D.pedro 1 foi autoritário?
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Aclamado imperador em 1822, D. Pedro I foi o primeiro governante do Brasil independente. Logo no início do seu mandato, o filho mais velho do monarca português D. João VI enfrentou desafios. A independência não foi conquistada de maneira tão pacífica. Lutas contra militares fiéis aos lusitanos acontecerem em algumas regiões, tais como a Batalha do Pirajá (Bahia) e a Batalha do Jenipapo (Piauí). Esses conflitos internos duraram pelo menos dois anos e terminaram com a vitória das tropas brasileiras.
O reconhecimento internacional da independência também foi custoso. Os Estados Unidos reconheceram a soberania do Império Brasileiro em 1824, pois havia o interesse de se aproximar das nações americanas recém-libertas. Em 1825, a antiga metrópole Portugal recebeu uma indenização milionária em libras, dívida que foi avalizada pela Inglaterra. Em troca do reconhecimento, os ingleses reafirmaram acordos comerciais com o Brasil.
Uma nova Constituição era necessária para ditar as regras da nova nação. A primeira carta magna do Brasil foi aprovada em 1824 e introduziu uma novidade: o Poder Moderador. Com esse dispositivo constitucional, o Imperador, além de chefiar o Poder Executivo, poderia intervir no Poder Legislativo e no Poder Judiciário. O quarto poder explicitava o perfil pouco democrático de D. Pedro I.
Para lidar com movimentos oposicionistas, o lado autoritário do Imperador prevalecia. No movimento conhecido como Confederação do Equador — províncias nordestinas descontentes com os rumos do Império chegaram a se declarar separadas do Brasil -, D. Pedro I enviou forças policias para conter os rebeldes. Os principais líderes dos confederados foram condenados à prisão ou morte, entre eles Frei Caneca.
A falta de tato para lidar com vozes contrárias e a dificuldade para resolver a grave crise financeira e econômica arruinaram a popularidade de D. Pedro I. Em 1828, o Brasil perdeu parte de suas terras na Guerra da Cisplatina, que resultou na independência do Uruguai. Boatos sobre a vida privada do Imperador também contribuíam para o aumento de sua rejeição. O romance extraconjugal com a Marquesa de Santos já era notório. Além disso, com a morte do pai em 1826, D.Pedro I se envolveu na questão da sucessão do trono português, algo inadmissível para os brasileiros que esperavam comprometimento integral do Imperador.
Em novembro de 1830, a insatisfação popular ganhou força. O jornalista Líbero Badaró, crítico ferrenho de D. Pedro I, foi assassinado. Parte da população acusou o Imperador de ser o mandante do crime. Em 1831, moradores do Rio de Janeiro protagonizaram dias seguidos de manifestações no episódio da Noite das Garrafadas. Era o fim de linha para D. Pedro I.
Extremamente pressionado, o Imperador abdicou do trono em abril de 1831 e retornou a Portugal. A renúncia de D. Pedro I inaugurou o Período Regencial do Império Brasileiro. O filho mais velho, D. Pedro II, tinha somente 5 anos e era preciso alcançar a maioridade para assumir o lugar do pai. Até 1840, o Império Brasileiro foi governado por regentes eleitos pela Assembleia.
O reconhecimento internacional da independência também foi custoso. Os Estados Unidos reconheceram a soberania do Império Brasileiro em 1824, pois havia o interesse de se aproximar das nações americanas recém-libertas. Em 1825, a antiga metrópole Portugal recebeu uma indenização milionária em libras, dívida que foi avalizada pela Inglaterra. Em troca do reconhecimento, os ingleses reafirmaram acordos comerciais com o Brasil.
Uma nova Constituição era necessária para ditar as regras da nova nação. A primeira carta magna do Brasil foi aprovada em 1824 e introduziu uma novidade: o Poder Moderador. Com esse dispositivo constitucional, o Imperador, além de chefiar o Poder Executivo, poderia intervir no Poder Legislativo e no Poder Judiciário. O quarto poder explicitava o perfil pouco democrático de D. Pedro I.
Para lidar com movimentos oposicionistas, o lado autoritário do Imperador prevalecia. No movimento conhecido como Confederação do Equador — províncias nordestinas descontentes com os rumos do Império chegaram a se declarar separadas do Brasil -, D. Pedro I enviou forças policias para conter os rebeldes. Os principais líderes dos confederados foram condenados à prisão ou morte, entre eles Frei Caneca.
A falta de tato para lidar com vozes contrárias e a dificuldade para resolver a grave crise financeira e econômica arruinaram a popularidade de D. Pedro I. Em 1828, o Brasil perdeu parte de suas terras na Guerra da Cisplatina, que resultou na independência do Uruguai. Boatos sobre a vida privada do Imperador também contribuíam para o aumento de sua rejeição. O romance extraconjugal com a Marquesa de Santos já era notório. Além disso, com a morte do pai em 1826, D.Pedro I se envolveu na questão da sucessão do trono português, algo inadmissível para os brasileiros que esperavam comprometimento integral do Imperador.
Em novembro de 1830, a insatisfação popular ganhou força. O jornalista Líbero Badaró, crítico ferrenho de D. Pedro I, foi assassinado. Parte da população acusou o Imperador de ser o mandante do crime. Em 1831, moradores do Rio de Janeiro protagonizaram dias seguidos de manifestações no episódio da Noite das Garrafadas. Era o fim de linha para D. Pedro I.
Extremamente pressionado, o Imperador abdicou do trono em abril de 1831 e retornou a Portugal. A renúncia de D. Pedro I inaugurou o Período Regencial do Império Brasileiro. O filho mais velho, D. Pedro II, tinha somente 5 anos e era preciso alcançar a maioridade para assumir o lugar do pai. Até 1840, o Império Brasileiro foi governado por regentes eleitos pela Assembleia.
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