Crônica o lugar onde eu vivo mínimo 30 linhas narrativa
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vodunsininabiap079u1
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Acordo com o nascer do sol, e lá está o meu jornal! Na porta posso encontra-lo junto ao leite e também um chiabatto quente.
Posso ouvir ao longe o farfalhar das folhas em resposta ao vento leve rotineiro. Por vezes alguma criança dos arredores passará com suas gargalhadas juvenis, emaranhadas em fortuita alegria.
Por aqui, sempre há luz! Quando não solar, sorriso. Aquele tipo que inunda as ruas, as tendas, as lendas. Uma iluminação natural, extraída do meu povo; um povo que fala alto, ama em exagero, com proatividade desmedida e paixão descabida.
Lembro bem do dia nublado em que, aos sete anos, pus meus pés receosos no gramado de Palermo. Sem falar o idioma e acompanhada de um tutor, aos poucos senti uma paz imensa me envolver. Deixei que o medo se dissipasse lentamente, com a certeza de que aqui sempre foi o meu lugar ao sol.
O restante do dia passou como um borrão: Conheci alguns pontos essenciais, como a Piazza Bologni e a grande Catedral. A adaptação foi natural e quando dei por mim, já tomava ''un freddo corto''.
Não seria surpresa se me perguntasse em que tipo de paraíso habito. Qual é a moradia de um povo tão feliz! Se possuem problemas, dores, desamores ou dissabores. Então eu responderia que sim. Todas essas questões são vivenciadas por aqui mas ora, de que adianta lamentar o que foi perdido, se podemos glorificar pelo que foi aprendido?
Ah, Itália! Terra de sonhos, desejos e magia. Pátria que vai além dos pães, massas e pastas. Lugar onde não basta ser, é preciso viver! Por aqui não somos, mas vivemos italiano, com raça, brilho e orgulho.
Não poderia eu dizer que vivo no melhor lugar do mundo, seria pretensioso e de muito mal tom. Então me reservo a dizer que habito o melhor local do meu universo, onde o cidadão do sul é ''fratelli'' tanto quanto o meu vizinho do norte. Onde o hino nacional é como a canção dos deuses e nosso ''espresso'' um absinto celestial.
Ah, Itália! Quem te conhece, jamais te esquece!