crônica com o tema "fim de festa" com 30 linhas
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Me reúno com um grupo de 6 amigas pelo menos uma vez por mês. Somos todas muito, mais muito falantes. Diferentes em tantas coisas e tão iguais em outras. Por vezes me coloco como espectadora para ouvir as histórias de cada uma e olhá-las passar as mãos pelos cabelos, fazer biquinhos para as intermináveis fotos ou ainda elogiar a maquiagem da ruiva chique da turma. É isso, são todas impecáveis ao seu gênero.
Nesse dia, por acaso, não fui a última a chegar, então pude ver como somos esvoaçantes, em cada uma há um vento próprio que sopra os cabelos, uma leveza no caminhar que nos deixa altivas, enfim somo mulheres emancipadas, falamos de trabalho, filhos que não dormem, maridos que ora são deuses,ora monstros. E exercitamos todos esses nossos dramas sem perder a compostura, sem tirar os saltos, sem descruzar as pernas ou borrar o batom no guardanapo.
No começo das míseras 5 ou 6 horas de conversinha, mantemos a pose da mulher descolada, seguimos todos os protocolos dos estereótipos de beleza, maquiagem, cabelos soltos e escovados, unhas feitas, costas eretas e bumbum apenas apoiado na beirada da cadeira para manter o glamour.
Só que somos humanas felizes, mas também repletas de culpa e dilemas. Então, chega uma hora que a natureza vence, e começamos a soltar o corpo, aquele vento vira ventania e descabela os cabelos, que passam a ser amarrados de qualquer jeito no topo da cabeça, a maquiagem não suporta os esfregar dos olhos pelas noites mal dormidas, ou por alguma mazela da semana pesada. Daí cada uma a sua maneira vai encostando as costas nas cadeiras, cruzando as pernas como índios, tirando o rímel que já escorreu para os olhos e aos poucos vamos nos emoldurando no natural.
Eu fiquei impressionada de descobrir como minhas amigas são ainda mais lindas quando descontraídas. Eu queria ser pintora para retratar cada uma delas no auge da sua beleza. No final da festa!
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