Administração, perguntado por annegondim12, 1 ano atrás

Crise econômica mundial
Crises não são acidentes! São “gestadas” dentro da dinâmica do próprio sistema capitalista. Podem ocorrer por excesso de confiança, pela incerteza nos rumos da economia ou até mesmo ser desencadeada por especulações. Independentemente das causas, uma crise tende a extrapolar fronteiras geográficas, alastrando-se pelo mundo, impondo uma reestruturação na condução da política econômica de cada economia.
Texto

O Índice Down Jones de 1921 até 1929 subiu vertiginosamente. Acreditando que o mercado sustentaria uma alta permanente dos preços, corretores chegavam a emprestar até 2/3 do valor das ações para que seus compradores pudessem seguir investindo na bolsa. Muitos utilizaram hipotecas e todas suas economias para comprar ações, pois não acreditavam que o crash seria possível. Após 3 de setembro de 1929, dia em que o Índice Down Jones atingiu seu pico, 381.17 pontos, a Bolsa de Valores começou a apresentar uma crescente volubilidade. Nos dias que se seguiram, foram registrados períodos de grande volume de vendas de ações, intercalados por uma alta nos preços, e uma leve recuperação. A indústria automobilística percebeu, em meados de 1929, que seus revendedores não dispunham de meios para absorver mais carros.



Decidiram por um corte severo na produção, reduzindo as encomendas de borracha, cobre, vidro e aço. Essa drástica redução na produção alertou os especuladores mais atentos, que descarregaram os papéis da United States Steel. A siderúrgica assistiu a suas ações em queda livre na Bolsa, por todo o mês setembro de 1929.



A perspectiva da diminuição dos dividendos dessas companhias fez com que esses títulos sofressem uma enorme depreciação no seu valor no período de setembro a novembro. Em outubro de 1929, o impensável aconteceu. No dia 24, posteriormente conhecido como “quinta-feira negra”, um número aproximado de 12,9 milhões de ações foi vendido em apenas um dia.



Por todo o final de semana, os eventos foram largamente noticiados na imprensa americana. Em 29 de outubro de 1929, que ficou conhecida por “terça-feira negra”, a quebra se revelou inevitável.



O pânico tomou conta dos investidores, e mais de 15,6 milhões de ações foram vendidas até o final do dia. O mercado norte-americano somou uma perda de US$ 14 bilhões. A crise teve um efeito em cadeia na economia americana, levando ao desemprego, ao congelamento de empréstimos, à falência de empresas e à queda dos lucros — o período conhecido como a Grande Depressão, combatida mais tarde pelo New Deal do presidente Roosevelt.

Fonte: . (Adaptado. Acesso em: 18 fev. 2018).



Esquema

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Fonte: . Acesso em: 17 fev. 2018.



Com base no texto e no esquema apresentados responda as questões solicitadas:

a) Descreva o contexto de cada crise da economia mundial, identificando as principais causas e os desdobramentos para a geopolítica mundial.

b) Disserte sobre as políticas implementadas no Brasil para a superação de cada crise.

Soluções para a tarefa

Respondido por pissurnof
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As principais crises econômicas do capitalismo contemporâneo foram as ocorridas em 1929 e 2008. A de 1929 deu-se após um contexto de super produção e baixo consumo em meio à economia liberal dos "loucos anos 20" nos EUA, o que iniciou uma reação em cadeia de baixa nas ações e, por fim, quebra da Bolsa de Valores. A crise norte-americana espalhou-se para o resto da rede financeira mundial, gerando anos críticos que só começaram a melhorar após o New Deal.

No Brasil, que se apoiava fortemente na exportação de café, o golpe foi particularmente sentido. A situação só começou a melhorar após o início das políticas de substituição de importações, efetuadas pelo governo Vargas.

Já a crise de 2008 deu-se após a reação financeira em cadeia gerada após a falência do grupo norte-americano Lehman, que ocasionou a bancarrota de outras importantes instituições pelo mundo. A crise demorou a atingir o Brasil, fortalecido economicamente na época, mas quando atingiu derrubou as ações na Bolsa de Valores, pressionou a inflação, que teve que ser contida pelo governo, que aumentou então sua dívida. O problema dos gastos estaria na base da grave crise política mais adiante.
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