criar e montar uma classificação taxonomica
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Imagine todos os seres vivos do planeta, tanto animais como vegetais. Agora, tente pensar em uma denominação para cada um deles, de forma que seus nomes os agrupe conforme suas características em comum. Difícil, não é? Mas é exatamente isso que um ramo da biologia faz. Existem pessoas que trabalham apenas para identificar e nomear espécies - os botânicos (no caso das plantas) e os zoólogos (no caso dos animais) e são chamados sistematas.
É muito importante para a ciência que todos os seres vivos sejam identificados, ou não seria possível estudá-los. A ciência agrupa os seres vivos conforme as características que eles apresentam em comum. Como num jogo de encaixar, cada grupo possui um subgrupo, o qual possui outro subgrupo, e a cada divisão as similaridades ficam cada vez mais acentuadas.
Por exemplo, no reino animal estão todos os animais. Nele, há diversos subgrupos que unem os animais que têm mais coisas em comum, como o dos mamíferos, que engloba apenas animais que mamam. A partir daí, há mais subgrupos, como os que são gerados em placenta (placentários) e que são a maioria, ou os que colocam ovos - esse é o caso dos ornitorrincos.
Ordem decrescente
A classificação básica dos seres vivos é, em ordem decrescente: reino, filo, classe, ordem, família, gênero, e espécie. Em muitos casos, há tantas especializações que esta classificação não é suficiente. Por isso foram criadas algumas subdivisões dentro de ordem, classe, e espécie. No caso do grupo "classe", encontra-se a superclasse (que fica um grau acima da classe) e a infraclasse (que fica um grau abaixo da classe). Da mesma maneira ocorre com o grupo da ordem: existie a superordem e a infraordem. No grupo de espécies, encontra-se a subespécie.
Essas subdivisões são muito comuns no caso dos insetos. A razão disso, está muitas vezes ligada à peculiaridades como número de articulações nas antenas - é o caso de uma espécie de besouro. Estudiosos descobriram que uma espécie de besouro tem alguns indivíduos com número maior de articulações nas antenas. E estes apenas se reproduziam com os seus iguais. Então, esses besouros foram classificados em uma subespécie.
O mesmo acontece com os cães. Geneticamente, são idênticos aos lobos (Cannis lupus). Mas apresentam diversas diferenças quanto a tamanho e forma. Assim, são classificados como uma subespécie dos lobos: são os Cannis (gênero) lupus (espécie) familiaris (subespécie).
Ao usar o ser humano como exemplo, veja uma classificação taxonômica completa:
Reino: Animalia (o homem é um animal, e nesse grupo estão todos os animais).
Filo: Chordata (possui notocorda - formação da coluna vertebral - no seu desenvolvimento embrionário, e aqui estão todos os vertebrados).
Classe: Mammalia (seu filhos mamam, e nessa classe estão todos os mamíferos)
Infraclasse: Placentalia (é um mamífero cuja fêmea possui placenta - mamíferos que não possuem placenta pertencem a outra infraclasse)
Ordem: Primata
Família: Hominidae (dentro desse grupo estão as subfamílias Gorilla (gorilas), Pan (chimpanzés), Ardipithecus (extinto), Australopithecus (extinto) , Pierolapithecus (extinto), Sahelanthropus (extinto), Paranthropus (extinto), Kenyanthropus (extinto), Orrorin (extinto), Homininae (seres humanos).
Subfamília: Homininae
Gênero: Homo.
Na verdade, o gênero Homo contém diversas espécies, porém, com exceção do sapiens, todas estão extintas. São elas : Homo antecessor, Homo rhodesiensis, Homo rudolfensis, Homo habilis, Homo cepranensis, Homo ergaster, Homo erectus, Homo floresiensis, Homo georgicus, Homo heidelbergensis, Homo neanderthalensis, Homo sapiens.
Espécie: Homo sapiens.
Conforme os grupos se subdividem de acordo com as características compartilhadas, o número de animais enquadrados diminui. Ao mesmo tempo, estes apresentam cada vez mais características em comum.
Cada grupo de classificação é chamado de táxon - de onde vem o nome taxonomia. Esse sistema de classificação permite que os seres vivos sejam agrupados conforme o seu grau de parentesco e permite compreender melhor a evolução da vida na Terra.
Mariana Aprile é estudante de biologia na Universidade Mackenzie e bolsista do CNPq.
É muito importante para a ciência que todos os seres vivos sejam identificados, ou não seria possível estudá-los. A ciência agrupa os seres vivos conforme as características que eles apresentam em comum. Como num jogo de encaixar, cada grupo possui um subgrupo, o qual possui outro subgrupo, e a cada divisão as similaridades ficam cada vez mais acentuadas.
Por exemplo, no reino animal estão todos os animais. Nele, há diversos subgrupos que unem os animais que têm mais coisas em comum, como o dos mamíferos, que engloba apenas animais que mamam. A partir daí, há mais subgrupos, como os que são gerados em placenta (placentários) e que são a maioria, ou os que colocam ovos - esse é o caso dos ornitorrincos.
Ordem decrescente
A classificação básica dos seres vivos é, em ordem decrescente: reino, filo, classe, ordem, família, gênero, e espécie. Em muitos casos, há tantas especializações que esta classificação não é suficiente. Por isso foram criadas algumas subdivisões dentro de ordem, classe, e espécie. No caso do grupo "classe", encontra-se a superclasse (que fica um grau acima da classe) e a infraclasse (que fica um grau abaixo da classe). Da mesma maneira ocorre com o grupo da ordem: existie a superordem e a infraordem. No grupo de espécies, encontra-se a subespécie.
Essas subdivisões são muito comuns no caso dos insetos. A razão disso, está muitas vezes ligada à peculiaridades como número de articulações nas antenas - é o caso de uma espécie de besouro. Estudiosos descobriram que uma espécie de besouro tem alguns indivíduos com número maior de articulações nas antenas. E estes apenas se reproduziam com os seus iguais. Então, esses besouros foram classificados em uma subespécie.
O mesmo acontece com os cães. Geneticamente, são idênticos aos lobos (Cannis lupus). Mas apresentam diversas diferenças quanto a tamanho e forma. Assim, são classificados como uma subespécie dos lobos: são os Cannis (gênero) lupus (espécie) familiaris (subespécie).
Ao usar o ser humano como exemplo, veja uma classificação taxonômica completa:
Reino: Animalia (o homem é um animal, e nesse grupo estão todos os animais).
Filo: Chordata (possui notocorda - formação da coluna vertebral - no seu desenvolvimento embrionário, e aqui estão todos os vertebrados).
Classe: Mammalia (seu filhos mamam, e nessa classe estão todos os mamíferos)
Infraclasse: Placentalia (é um mamífero cuja fêmea possui placenta - mamíferos que não possuem placenta pertencem a outra infraclasse)
Ordem: Primata
Família: Hominidae (dentro desse grupo estão as subfamílias Gorilla (gorilas), Pan (chimpanzés), Ardipithecus (extinto), Australopithecus (extinto) , Pierolapithecus (extinto), Sahelanthropus (extinto), Paranthropus (extinto), Kenyanthropus (extinto), Orrorin (extinto), Homininae (seres humanos).
Subfamília: Homininae
Gênero: Homo.
Na verdade, o gênero Homo contém diversas espécies, porém, com exceção do sapiens, todas estão extintas. São elas : Homo antecessor, Homo rhodesiensis, Homo rudolfensis, Homo habilis, Homo cepranensis, Homo ergaster, Homo erectus, Homo floresiensis, Homo georgicus, Homo heidelbergensis, Homo neanderthalensis, Homo sapiens.
Espécie: Homo sapiens.
Conforme os grupos se subdividem de acordo com as características compartilhadas, o número de animais enquadrados diminui. Ao mesmo tempo, estes apresentam cada vez mais características em comum.
Cada grupo de classificação é chamado de táxon - de onde vem o nome taxonomia. Esse sistema de classificação permite que os seres vivos sejam agrupados conforme o seu grau de parentesco e permite compreender melhor a evolução da vida na Terra.
Mariana Aprile é estudante de biologia na Universidade Mackenzie e bolsista do CNPq.
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