Corpo, cor e movimento DOIFTO HÉLIO OITICICA
o que essas pessoas estão fazendo? como estão vestidas?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Essa afirmativa sobre a arte de Helio está baseada não somente, mas principalmente, em sua criação dos Parangolés.
Os Parangolés, do artista brasileiro Hélio Oiticica, são um conjunto de obras que nasceram, como dito o artista, de “uma necessidade vital de desintelectualização, de desinibição intelectual, da necessidade de uma livre expressão”. O Parangolé é uma espécie de capa que se veste, com textos, fotos, cores e que serve como uma Obra-ação-multisensorial.
“O objetivo é dar ao público a chance de deixar de ser público espectador, de fora, para participante na atividade criadora”.
O Parangolé é “anti-arte por excelência”, não se pode ir numa exposição de Parangolés, o espectador veste a obra e a obra ganha vida através dele, é capacidade de auto-criação, de expansão das sensações e rompimento. Considerada por ele uma “totalidade-obra”, é o ponto culminante de toda a experiência que realiza com a cor e o espaço.
Apresenta a fusão de cores, estruturas, danças, palavras, fotografias e músicas. Estandartes, bandeiras, tendas e capas de vestir prendem-se nessas obras, elaboradas por camadas de panos coloridos, que se põem em ação na dança, fundamental para a verdadeira realização da obra: só pelo movimento é que suas estruturas se revelam.
Explicação:
Hélio Oiticica buscou a superação da noção de objeto de arte como tradicionalmente definido pelas artes plásticas até então, inspirado na teoria do não-objeto de Ferreira Gullar.
Nesse sentido, o objeto foi uma passagem do entendimento de arte contemplativa para a arte que afeta comportamentos, que tem uma dimensão ética, social e política, como explicitado no texto “A Declaração de Princípios Básicos da Nova Vanguarda”, publicado em 1967 no catálogo da exposição Nova Objetividade Brasileira ocorrida no MAM-RJ.