Corona vírus: coleta de percentuais de cura, percentual de infectados no país, velocidade de propagação e análises gráfica de infectados na Itália.
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Resposta:
A CIENTISTA BRASILEIRA JAQUELINE GOES DE JESUS, QUE COORDENA GRUPO QUE TRABALHOU NO SEQUENCIAMENTO DO GENOMA DO CORONAVÍRUS
Pouco menos de três meses após o registro do primeiro caso do novo coronavírus na China, quase 140 mil pessoas em todo o mundo foram infectadas pelo agente causador da covid-19. Até a sexta-feira (13), a doença que afeta as vias respiratórias circulava em 117 países, com um saldo de mais de 5.000 mortes, a maior parte (3.062) na própria China.
Ao ser classificada como pandemia na quarta-feira (11), pela OMS (Organização Mundial de Saúde), a expansão do vírus já era mais preocupante na Europa. Na sexta, o órgão internacional de saúde passou a considerar o continente, e não mais a China, como o centro global da doença. A Itália, segundo país mais afetado no mundo, registrava mais de 15 mil casos e 1.016 mortes.
A taxa de mortalidade no país europeu era oito vezes a de países como a Coreia do Sul. Na Itália, 6,21% das pessoas que pegaram a covid-19 morreram, enquanto a proporção foi de apenas 0,7% no país asiático. O número de idosos (grupo que apresenta a maior taxa de letalidade), o sistema de identificação dos casos e a assistência prestada são fatores que podem explicar a diferença tão discrepante dos efeitos de uma mesma doença entre os dois países.
A pandemia derrubou bolsas de valores ao redor do mundo. Os Estados Unidos decidiram suspender viagens da Europa, com exceção do Reino Unido. Na sexta-feira (13), o presidente americano, Donald Trump, declarou estado de emergência no país e afirmou que US$ 50 bilhões seriam destinados ao combate da doença.
A evolução dos casos no Brasil
No Brasil, embora o presidente Jair Bolsonaro tenha chamado a cobertura da imprensa em relação à doença de "exagerada", o coronavírus chegou ao Palácio do Planalto. O secretário de comunicação do governo, Fabio Wajngarten, foi diagnosticado com o vírus. O presidente afirmou na sexta-feira (13) ter tido resultado negativo em seu teste para a covid-19.
Um balanço do Ministério da Saúde mostrou que os casos em todo o país chegaram, no domingo (15), a 200. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou na quarta-feira (11) que o país viveria "20 semanas duras", em referência ao possível aumento dos casos.
Um estudo do Instituto Pensi, ligado ao Hospital Infantil Sabará, estimou que, a partir do registro do 50º caso no Brasil, o número de infectados poderia chegar a mais de 4.000 em 15 dias e a cerca de 30 mil em 21 dias. Segundo a análise, o novo coronavírus possui capacidade de se decuplicar (multiplicar-se por dez) a cada 7,2 dias, em média.
Nesse cenário, o país precisaria de cerca de 2.100 leitos hospitalares, sendo 525 em UTIs (Unidades de Terapia Intensiva), apenas nos primeiros 21 dias. Segundo o hospital, o estudo tem como objetivo preparar a rede de saúde para a pandemia.
2,74
pessoas podem pegar o vírus a partir de um único infectado, segundo a Sociedade Brasileira de Infectologia
80%
dos casos de covid-19 são leves e não necessitam hospitalização
5%
dos infectados vão precisar de suporte intensivo, com internação em UTIs
Na quinta-feira (12), o Ministério da Saúde afirmou que irá direcionar 2.000 leitos de UTI para pacientes com covid-19 pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
A pasta também decidiu convocar 5.000 profissionais de saúde pelo programa Mais Médicos para ajudar no combate à doença e pediu liberação de R$ 5 bilhões ao Congresso para ações na área.