Corda Bamba
As duas vinham andando pela calçada – a Mulher Barbuda e Maria. De mão dada. A Mulher Barbuda usava saia, barba e uma sacola estourando de cheia; Maria, de calça de brim, um embrulho debaixo do braço, ia levando a tiracolo um arco enfeitado com flor de papel, quase do tamanho dela (não era muita vantagem: ela já tinha dez anos, mas era do tipo miúdo). Pararam na frente de um edifício. Barbuda falou:
— É aqui, tá vendo? 225. – Olhou pra trás: – Foguinho! Ei!
Foguinho estava parado na esquina tirando um coelho da meia: andava treinando pra ser mágico. Há anos que ele comia fogo no circo, mas agora tinha dado pra ficar de estômago embrulhado cada vez que engolia uma chama; tinha dias, que só de olhar pra tochas que Barbuda trazia, o estômago já se revoltava todo.
— Olha só, fiz a mágica da meia! – gritou. Agarrou o coelho pela orelha e correu pra porta do edifício.
Barbuda achava uma graça danada naquela história de Foguinho treinar mágica em tudo que é canto; deu um beijo nele:
— Você ainda vai ser o maior mágico que já se viu por aí. Não é, Maria?
Mas Maria continuou quieta; só apertou com mais força a mão de Barbuda.
NUNES, Lygia Bojunga. Corda Bamba. 20. ed. Rio de Janeiro:
Agir, 1997. Virgula p.9.
Questão 01
Qual era a opinião de Barbuda?
A) Achava que Foguinho seria um grande mágico.
B) Achava que Foguinho era um bom engolidor de fogo.
C) Pensava que Maria era muito miúda.
D) Pensava que Maria era muito quieta.
2) Qual o descritor encontrado no texto?
Soluções para a tarefa
Respondido por
11
A) Achava que foguinho seria um grande mágico
evellycarolinne2006:
muito obrigada, saberia me responder a segunda questão?
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