CONTINUA O POETA COM ESTE ADMIRAVEL A QUARTA-FEIRA DE CINZAS Que és terra Homem, e em terra hás de tornar-te, Te lembra hoje Deus por sua Igreja, De pó te faz espelho, em que se veja A vil matéria, de que quis formar-te. Lembra-te Deus, que és pó para humilhar-te, E como o teu baixel sempre fraqueja Nos mares da vaidade, onde peleja, Te põe à vista a terra, onde salvar-te. Alerta, alerta pois, que o vento berra, E se assopra a vaidade, e incha o pano, Na proa a terra tens, amaina, e fera. Todo o lenho mortal, baixel humano Se busca a salvação, tome hoje terra, Que a terra de hoje é porto soberano. MATOS, G. In: Crônica do Viver Baiano Seiscentista. Rio de Janeiro: Record, 1999. No poema anterior, Gregório de Matos inspirou-se na Quarta-Feira de Cinzas para desenvolver um procedimento muito comum ao Barroco, que se trata a) da riqueza metafórica a
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Dualidade presente entre a ideia do homem e a ideia divina. O barroco compreende o movimento literário que é marcado pelas grandes contradições inerentes ao período no qual foi evidenciado.
O barroco apresenta o desejo do homem de estudar e desenvolver diversas teorias, conhecimentos e ciência, mas ao mesmo tempo, está relacionado com a ideia de punição divina, o que gera assim grandes contradições e questionamentos acerca da vida e religiosidade.
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