contextualizaçao hitorica do barroco espanhol
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Inspirado na arte italiana e considerado por muitos um estilo de mau gosto, o Barroco na Espanha teve grande originalidade e ousadia, sendo adotado com muito entusiasmo em relação ao Desornamentado. O Barroco espanhol pode se comparar ao Barroco do resto da Europa, com excesso de riqueza, mas com maior audácia e força de concepção. A arquitetura desse estilo espalhou-se pelo país, podendo ser admirada em construções em Córdoba,
Sevilha, Valência, Murcia e Valladolid. Era uma arquitetura complexa, com abóbadas, torres, elementos clássicos deturpados, colunas torneadas, figuras humanas e de animais, frontões, volutas e anjos. Na decoração de interiores esse estilo foi fascinante, com riquezas de cores e material. As paredes dos prédios públicos e residências eram adornadas com tecidos, sedas pintadas, brocados e damascos italianos, veludos de cores fortes, tecidos bordados a ouro e prata e com brasões de armas, uma abundância de materiais. Além de caírem em pregas das paredes, os tecidos eram usados nos corrimãos das escadas. Os pisos eram em mármore ou madeira com desenhos e as portas e tetos tinham entalhações, podendo ser douradas ou policromadas. As lareiras eram ornamentadas com anjos, folhas e dourados, encimadas por quadros e retratos. Era comum o uso de porcelanas orientais e espelhos ricamente emoldurados, candelabros e lustres.
A Espanha recebeu também influência estrangeira nas artes, principalmente da França, o que pode ser explicado pelas relações de parentesco entre as famílias reais deste dois países. Em conseqüência apareceu na Espanha um estilo Luís XIV exagerado em escala e proporção e os estilos Luís XV e XVI são de efeito imaturo e sem refinamento de detalhes. Na época que Napoleão ocupou a Espanha, arquitetos e artistas franceses foram chamados para decorar palácios e outras construções. São exemplos o Palácio Real de Madri, A Igreja de São Marcos, a Catedral de Pamplona e o Palácio Aranjuez.
O mobiliário no estilo Barroco espanhol manteve o excesso de curvas pesadas, mas com entalhação complicada, dourados e colorido abundante. São belíssimas as arcas espanholas dessa época, assim como o seu móvel típico, o Bargueno, que manteve a mesma construção do século XV, constando de duas peças: um cofre quadrangular com tampa e alças na parte superior e na inferior uma mesa, ou um cavalete trabalhado em colunas ou um armário baixo com quatro portas decoradas com entalhações. O interior desse tipo de móvel é cheio de gavetinhas e repartições com incrustações de marfins, osso, prata e madeiras raras. Três tipos de cadeiras eram comuns na Espanha: retangular ou "frailero", Dante (a parte superior sempre pesada) e um tipo com encosto em escada, muito comum em Barcelona. Os bancos eram comuns, formados por duas peças de madeira, uma para sentar e a outra para encostar. O armário, derivado da arca, não era muito usado, mas os do estilo Barroco são ricamente trabalhados. As mesas tinham aventais e pernas quadradas com decorações de entalhações geométricas ou incrustações de osso e marfim e um tipo de mesa de influência italiana, a "mesa-refeitório" muito grande e pesada apoiada sobre cavaletes. As camas tinham colunas em espiral nos quatro cantos, cabeceira em balaústre e dossel, de influência portuguesa. Também era comum as tipicamente espanholas de estrutura pesadíssima, com a cabeceira em frontão encimado por um brasão de armas. Podiam ser também decoradas com entalhações, douradas