Filosofia, perguntado por jdjjxj26282, 5 meses atrás

Constatamos que a democracia não se expressa somente na politica, mas que ela está presente em outras áreas da vida social. Descreva as áreas possíveis de exercício da democracia, explicando cada uma delas.​

Soluções para a tarefa

Respondido por janilsonlundungoo
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Tipos de democracia

Há uma dificuldade em identificar, classificar e definir precisamente a democracia, pois ela pode apresentar-se, em diferentes níveis de desenvolvimento, em três tipos distintos, que são:

Democracia direta: exercida em Atenas, no período clássico. Dela todos os cidadãos podiam participar, diretamente, apresentando projetos de leis e votando nos projetos apresentados por seus iguais. O corpo de cidadãos atuava, então, como um Poder Legislativo, e o Poder Executivo (governo) deveria submeter-se às decisões tomadas nas assembleias legislativas. Devido ao número restrito de cidadãos, a prática direta da participação era viável, e os jovens de famílias que podiam participar da tomada de decisões eram educados para a participação cidadã.

Democracia representativa: é um tipo que surge junto ao parlamentarismo e ao republicanismo. É uma forma mais atual que permite um exercício indireto da democracia por meio da eleição de representantes para os poderes Legislativo e Executivo. Alguns fatores atuam para o surgimento deste tipo de democracia, como o sufrágio universal (voto estendido a todos); a elaboração de constituições que impedem a segregação e regulamentam a vida pública e a vida política, instituindo a igualdade; a necessidade de alternância do poder; e a impossibilidade de uma participação direta de todos devido à ampliação da cidadania. Apesar de haverem benefícios para esse tipo de regime democrático, como a participação de todos, existem, como contraponto, as brechas para que os representantes, eleitos pelo povo, não atuem em prol de seus eleitores, mas em benefício próprio.

iação dos conceitos de cidadania e de democracia foi uma mudança significativa que deu origem a um pensamento político e social que perdura até hoje.

Todos os regimes democráticos atuais têm, em algum grau, inspiração moderna. Porém temos democracias mais antigas, como a França e os Estados Unidos, que datam dos séculos XVIII e XIX, e democracias mais recentes, que surgiram já no século XX. Muitas dessas oriundas das últimas décadas do século ou do início do século XXI.

O fato é que as democracias antigas enfrentam velhos desgastes que levam a descontentamentos populares, e as novas democracias enfrentam problemas para estabelecerem-se em uma sociedade desacostumada ao pensamento democrata.

A maioria dos regimes democráticos surgidos ou inspirados no modelo moderno é republicana. Tais regimes têm em comum o fato de serem regidos por uma Constituição que estabelece direitos e deveres mínimos e que garante a igualdade civil perante a lei. Fatores como a religião, a cor, a origem, o gênero e a orientação sexual não podem interferir na garantia de direitos constitucionais.

Ainda, há uma promoção de uma educação laica e universal voltada para a formação cidadã da população. Infelizmente, muitos desses elementos democráticos modernos são modelos ideais que os governos insistem em não colocar em prática por conta do comodismo, da corrupção e da manipulação das massas.  

 

Países democráticos são aqueles que possuem liberdade de imprensa; possibilidade de voto e de participação da vida pública de todos os cidadãos (elegibilidade); liberdade de associação política; acesso à informação; e constituição de eleições idôneas, imparciais e observadas por organismos internacionais. Há também um caso de ditadura que ocorre quando há a suspensão temporária da Constituição, formando um Estado de exceção que suspende o Estado Democrático de Direitos.

Jacques Rancière, filósofo francês contemporâneo, observa que a democracia é o regime do dissenso e da discordância. Segundo o pensador, em meio ao dissenso, a população deve encontrar uma saída associativa para a política. Porém, o desgaste gerado pelo dissenso tem causado, segundo Rancière, uma repulsa à democracia e o desejo da ditadura, fator que motivou a escrita de um livro desse pensador, intitulado O ódio à democracia.

Explicação:  Contudo, podemos afirmar que o principal significado é o poder político entregue para o exercício popular.

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