Filosofia, perguntado por kazeekuro, 10 meses atrás

Considere o texto a seguir para responder à questão. “O juízo estético em Kant é uma intuição do inteligível no sensível, em que o sujeito não proporciona nenhum conhecimento do objeto que provoca, não consiste em um juízo sobre a perfeição do objeto, é válido independentemente dos conceitos e das sensações produzidas pelo objeto”. (TAVARES, Manoel; FERRO, Mário. Análise da obra fundamentos da metafísica dos costumes de Kant. Lisboa- Portugal: Editorial Presença, [s.d.]. p. 43-44.) *
Então, para Kant, a estética é uma intuição de ordem:

a)subjetiva e cognitiva.
b)subjetiva e objetiva.
c)cognitiva.
d)objetiva.
e)subjetiva.​

Soluções para a tarefa

Respondido por erikasouzaa1994
34

Resposta:

Sunjetiva

Explicação:

A Estética kantiana é pensada não mais como uma dimensão objetiva do mundo e sim como uma dimensão mental, subjetiva. Isto quer dizer que a reflexão sobre a estética está voltada para as condições de receptibilidade a prazer do sujeito, também chamada de estado mental ou de conhecimento em geral

Respondido por AnthonioJorge
23

Segundo o trecho citado, a estética, para Kant, é uma intuição de ordem puramente subjetiva. Logo, a alternativa E está correta.

Kant define assim o termo estética: “aquilo que é puramente subjetivo na representação de um objeto, isto é, o que constitui a sua relação ao sujeito, e não ao objeto, é a sua qualidade estética”. Desse ponto de vista distingue duas modalidades de juízo sintéticos: uma referente ao belo, outro ao sublime.

Analisemos, aqui, o Belo. Antes contudo, surge um problema:

  • o juízo do gosto é sempre singular, enquanto os conceitos são sempre gerais.

Aquele é subjetivo, enquanto o conceito deve ser objetivo. Trata-se aqui de uma universalidade estética e não lógica. O que nos autoriza a universalizar assim o nosso juízo é que o juízo de gosto precede e determina o sentimento de agrado e neste juízo sentimos uma harmonia natural, não fundada em conceitos, entre a nossa imaginação e o nosso entendimento, entre nossas faculdades sensíveis e nossas faculdades intelectuais, harmonia que deve ser válida também para cada qual e, por conseguinte, ser comunicável universalmente.

A noção de belo deve manter-se independente de todo conceito, como o de “perfeição” ou “bem”, pois isso indicaria uma finalidade objetiva, o que estaria em contradição com a qualidade fundamental do juízo estético, que consiste em ser ele subjetivo.

 

De um lado, a subjetividade do gosto. Do outro, sua universalidade. Kant assim resolve: a pretensão à universalidade dos juízos de gosto se fundamenta num conceito, não porém num conceito de conhecimento determinável; com efeito, ele se funda num conceito que não pode ser determinado por uma intuição, pois do contrário seria um conceito de conhecimento; em realidade, ele não é senão “o puro conceito racional do suprassensível que se encontra à base do objeto (como do sujeito que julga) enquanto objeto sensível e, portanto, enquanto fenômeno”.

É assim que Kant busca resolver tal questão, lembrando, também, que o belo é o símbolo do bem moral, para ele. E é somente desse ponto de vista (de uma relação que é natural a cada qual, e que cada qual também espera dos outros como um dever) que ele agrada e reclama o assentimento de todos os outros.

Para saber mais sobre Kant: https://brainly.com.br/tarefa/46018021

Anexos:
Perguntas interessantes