Matemática, perguntado por emanoel2005, 1 ano atrás

Considere as retas dadas pelas equações r1: P=(1,0,-1)+t(1,1,1), t pertence aos RACIONAIS, e r2: P = t(-1,2,-1), pertence aos RACIONAIS, e os planos dados pelas equações π1: x + y + z = 0 e π2: 2x + 2y + 2z = 4. Assinale a ÚNICA alternativa correta:

Escolha uma:
a. O vetor v1=(1,1,1) diretor da reta r1 é paralelo ao vetor n2=(2,2,2) normal ao plano π2 e a reta é paralela ao plano.
b. π1 || π2 e a distância entre eles é zero.
c. As retas são reversas e a reta r2 está contida no plano π1
d. As retas r1 e r2 são ortogonais e coplanares.

Soluções para a tarefa

Respondido por Usuário anônimo
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Equações:

\hookrightarrow Da reta (vetorial): \mathsf{r : P = (x_0, y_0, z_0) \ + \ \lambda\cdot (v_x, v_y, v_z)}

Em que \mathsf{P} é um ponto qualquer da reta,  \mathsf{P_0 \ = \ (x_0, y_0, z_0)} e \mathsf{\vec{v} \ = \ (v_x, v_y, v_z)} é um vetor diretor dessa reta.

\hookrightarrow Do plano (geral): \mathsf{\pi : a\cdot x \ + \ b\cdot y \ + \ c\cdot z \ + \ d \ = \ 0}

Em que \mathsf{\vec{n} \ = \ (a, b, c)} é um vetor normal ao plano, \mathsf{P \ = \ (x,y,z)} é um ponto qualquer do plano e \mathsf{d} é um parâmetro que diferencia a família de planos com o mesmo vetor normal.

Logo,  \mathsf{r_1 : P \ = \ (1,0,1) \ + \ t\cdot (1,1,1)} e \mathsf{r_2 : P \ = \ (0,0,0) \ + \ u\cdot (-1,2,1)};    \mathsf{\vec{v_1} \ = \ (1,1,1)} e \mathsf{\vec{v_2} \ = \ (-1,2,-1)}.

\mathsf{\pi_1: x \ + \ y \ + \ z \ = \ 0} e \mathsf{\pi_2 : 2\cdot x \ + \ 2\cdot y \ + \ 2\cdot z \ - \ 4 \ = \ 0}, podemos simplificar essa equação para \mathsf{\pi_2 : x \ + \ y \ + \ z \ - \ 2 \ = \ 0.}

Veja que  \mathsf{2\cdot \overrightarrow{\mathsf{n_{\pi_1}}} \ = \ \overrightarrow{\mathsf{n_{\pi_2}}} \ = \ (2,2,2)}, ou seja, esses planos são paralelos.

\mathsf{a) \ X \ \ }    \mathsf{2\cdot \vec{v_1} \ = \ \overrightarrow{\mathsf{n_{\pi_2}}}}, então esses vetores são paralelos / múltiplos. Sendo \mathsf{n_{\pi_2}}} o vetor normal (ortogonal) ao plano, \mathsf{\vec{v_1}} e portanto \mathsf{r_1} também é ortogonal a esse plano.

\mathsf{b) \ X} Sendo os planos paralelos,o que os diferencia é justamente o parâmetro \mathsf{d}, que nada mais é do que a distância entre eles. Logo, a distância \mathsf{dist(\pi_1, \pi_2) \ = \ 2.} Você pode ainda resolver usando concorrência entre retas, usando o vetor normal como o diretor de uma reta que intersecta os dois planos perpendicularmente.

\mathsf{c) \ \checkmark} A reta \mathsf{r_2} estará contida em \mathsf{\pi_1} se o ponto dela \mathsf{P_0 \ = \ (0,0,0)} satisfazer à equação geral do plano e se \mathsf{\vec{v_1} \bullet \overrightarrow{\mathsf{\pi_1}} \ = \ 0}.

\mathsf{P_0 \in \pi_1} \mathsf{(0 \ + \ 0 \ + \ 0 \ = \ 0)}

\mathsf{(-1,2,-1) \bullet (1,1,1) \ = \ -1 \ + \ 2 \ -1 \ = \ 0}

Ou seja, \mathsf{r_2 \subset \pi_1}

Agora, falta vermos se as retas são reversas. Elas já não são paralelas pois \mathsf{\nexists \ \mu \ | \ \mu \cdot \vec{v_1} \ = \ \vec{v_2}}.

Para serem reversas, não podem ter ponto em comum (concorrência).

Para um ponto concorrente, se houver, teremos que:

\mathsf{P \ \in \ r_1 \ \rightarrow x_P \ = \ 1 \ + \ t, y_P \ = \ t, z_P \ = \ -1 \ + \ t, \ t \in \mathbb{R}}

\mathsf{P \ \in \ r_2 \ \rightarrow x_P \ = \ -u, y_P \ = \ 2\cdot u, z_P \ = \ -u, \ u \in \mathbb{R}}

Igualando coordenada a coordenada, vemos que o sistema é impossível, ou seja, não há ponto concorrente entre as retas. Logo, elas são reversas.

\mathsf{d) \ X} As retas são sim ortogonais, porque, fazendo \mathsf{\vec{v_1} \bullet \vec{v_2} \ = \ (1,1,1) \bullet (-1,2,-1) \ = \ 0}.

Elas serão coplanares se existir um plano em que seu vetor normal for mutualmente ortogonal a ambas (podemos determiná-lo pelo \mathsf{\vec{v_1} \wedge \vec{v_2}}) e que contenha os pontos delas \mathsf{P_1 \ =\ (0,0,0)} e \mathsf{P_2 \ = \ (1,0,-1)}.

Determinando o normal \mathsf{\overrightarrow{n_{\pi_3}}} desse suposto plano:

\mathsf{\overrightarrow{n_{\pi_3}} \ = \ \vec{v_1} \wedge \vec{v_2}} \\\\\\\\\mathsf{\overrightarrow{n_{\pi_3}} \ = \ \left[\begin{array}{ccc}\mathsf{\hat i}&\mathsf{\hat j}&\mathsf{\hat k}\\1&1&1\\-1&2&-1\end{array}\right] } \\\\ \\\\\mathsf{\overrightarrow{n_{\pi_3}} \ = \ (-3,0,3)}

Então, \mathsf{\pi_3 : -3\cdot x \ + \ 3\cdot z \ + \ d \ = \ 0}

Se \mathsf{d} for o mesmo para os dois pontos, temos o plano procurado:

\mathsf{P_1 \ \Rightarrow \ 0 \ + \ 0 \ + \ d_1 \ = \ 0 \rightarrow \ d \ = \ 0} \\\\\\\mathsf{P_2 \ \Rightarrow \ 1\cdot -3 \ + \ -1\cdot 3 \ + \ d \ = \ 0 \rightarrow \ d_2 \ = \ 6}

\mathsf{d_1 \ \neq \ d_2 \ \therefore}

Portanto, \mathsf{\nexists \ \pi_3 \ | \ r_1, r_2\ \subset \ \pi_3.}


Usuário anônimo: Agora que eu percebi, li || como se fosse o símbolo de perpendicularismo, por isso já passei para a outra alternativa... vou refazer esse item :)
Usuário anônimo: Corrigido
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