Matemática, perguntado por guimaraes130276, 1 ano atrás

Considere as funções f(x, y) = x2 + 2y2 e g(x, y) = x2 + y2 - 1. Calcule os valores extremos de f sob a restrição g.

Alternativa 1:
O máximo é igual a 1 e o mínimo é igual a 0.

Alternativa 2:
O máximo é igual a 2 e o mínimo é igual a 0.

Alternativa 3:
O máximo é igual a 3 e o mínimo é igual a 0.

Alternativa 4:
O máximo é igual a 2 e o mínimo é igual a 1.

Alternativa 5:
O máximo é igual a 3 e o mínimo é igual a 1.

Soluções para a tarefa

Respondido por DuarteME
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A função f dada por

f(x,y) = x^2+2y^2

sob a restrição g dada por

g(x,y) = x^2+y^2-1

tem valores extremos nos pontos (x,y) que são solução do sistema

\begin{cases}\vec{\nabla}f(x,y)=\lambda\vec{\nabla}g(x,y)\\g(x,y)=0\end{cases}, \quad \lambda\in\mathbb{R}.

Os gradientes de f e g são, respetivamente:

\vec{\nabla}f(x,y) = \left(\dfrac{\partial f}{\partial x},\dfrac{\partial f}{\partial y}\right) = \left(\dfrac{\partial }{\partial x} (x^2+2y^2),\dfrac{\partial}{\partial y}(x^2+2y^2)\right) = (2x, 4y);

\vec{\nabla}g(x,y) = \left(\dfrac{\partial g}{\partial x},\dfrac{\partial g}{\partial y}\right) = \left(\dfrac{\partial }{\partial x} (x^2+y^2-1),\dfrac{\partial}{\partial y}(x^2+y^2-1)\right) = (2x, 2y).

Substituindo no sistema, vem:

\begin{cases}\vec{\nabla}f(x,y)=\lambda\vec{\nabla}g(x,y)\\g(x,y)=0\end{cases} \iff \begin{cases}(2x,4y)=\lambda(2x,2y)\\x^2+y^2=1\end{cases}\iff\begin{cases}x=x\lambda \\ 2y = y\lambda\\x^2+y^2=1\end{cases} \iff

 \iff \begin{cases}x(1-\lambda)=0\\ y(2-\lambda)=0\\x^2+y^2=1\end{cases} \iff \begin{cases}x=0 \textrm{ ou }\lambda = 1\\ y = 0 \textrm{ ou }\lambda = 2\\x^2+y^2=1\end{cases}.

Analisemos o último sistema. Note-se que, por um lado, é impossível que \lambda seja simultaneamente 1 e 2 e, por outro, é impossível que x=y=0, pois nesse caso a 3.ª equação seria violada. Assim, verificamos que as soluções possíveis são:

  • \lambda = 1 \textrm{ e } y = 0 \implies x^2 = 1 \iff x = \pm 1;
  • x = 0 \textrm{ e } \lambda = 2 \implies y^2 = 1 \iff y = \pm 1.

Os pontos candidatos a extremos são então:

(0,-1)\qquad , \qquad (0,1) \qquad , \qquad (-1,0)\qquad \textrm{e} \qquad (1,0).

Como D=\{(x,y)\in\mathbb{R}^2: g(x,y)=0\} corresponde a uma circunferência, que é um conjunto claramente compacto, e f é contínua, então o teorema de Weierstrass garante a existência de extremos de f em D, basta-nos verificar os valores que f toma em cada um dos pontos candidatos:

f(0,1) = f(0,-1)= 2;

f(1,0) = f(-1,0) = 1.

Concluímos assim que f tem máximo 2 nos pontos (0,\pm 1) e mínimo 1 nos pontos (\pm 1, 0).

Resposta: Alternativa 4


guimaraes130276: vc é fera. Muito bom
ceduardomec: eu não saberia fazer
sandrapf92: obrigada
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