Psicologia, perguntado por livaniajuan, 9 meses atrás

Considere a interação entre adulto e criança a seguir, retirada do banco de dados de Santos (2005, "Projeto de Aquisição de Ritmo"): (Criança e adulto estão no zoológico) Criança: Olha, um pavo! Adulto: Não é pavo, é pavão. Criança: É pavo, porque ele ainda é pequenininho. Nessa interação, observa-se que a criança está interpretando o final -ão de pavão como um morfema aumentativo: pavões seriam pavos grandes. Essa interação linguística, a correção aplicada pelo adulto e a resposta da criança a essa correção podem ser consideradas como um exemplo de qual fenômeno ou propriedade do desenvolvimento linguístico infantil?

Soluções para a tarefa

Respondido por carloseduardo073
3

Resposta:

não sei a resposta

Explicação:

me descunpa

Respondido por flaviafurtado1234
5

Resposta:

E.

Impermeabilidade da criança à correção, pois a criança não só rejeita a correção à sua fala, como também discorda dessa correção, seguindo um raciocínio próprio.

Explicação:

O diálogo acima se configura como um exemplo do fenômeno da impermeabilidade da criança à correção do adulto: observa-se que a criança não está disposta a aceitar o comentário em relação à sua fala, chegando inclusive a refutar a correção feita pelo adulto. Em outras palavras, a criança argumenta que aquele animal é sim um pavo, pois para ser um pavão o animal deveria se encaixar na propriedade transmitida pelo morfema -ão – simplificadamente, a propriedade de ser grande.

Essa argumentação demonstra o conhecimento linguístico e a criatividade da criança, indicando que ela aplica sua gramática de forma produtiva, não absorvendo passivamente a experiência linguística e o ambiente ao seu redor (não sendo, portanto, uma folha em branco a ser preenchida). Essa criatividade também demonstra o refinamento do conhecimento linguístico da criança e sua atenção ao mundo ao seu redor, não podendo ser considerada como uma prova do descompasso entre cognição e linguagem. Tal conhecimento linguístico, em relação ao morfema aumentativo, não pode, contudo, ser considerado inato – ele advém da experiência da criança em relação ao mundo e a forma como a sua língua nomeia e distingue elementos grandes e pequenos no mundo. É, portanto, uma propriedade específica da língua, e não um universal linguístico.

Por fim, a interação acima também não se configura como um condicionamento verbal, dado que não há, na resposta do adulto, nenhuma intenção em treinar a criança a realizar um comportamento específico – além de, claramente, não haver uma disposição da criança em ser treinada.

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