Considerando que o texto foi concebido período pós-primeira guerra mundial e na época da ascensão dos regimes totalitários, que resposta você daria à afirmativa (asserção) final de Freud?
Soluções para a tarefa
Eis o texto de Freud em questão:
"Os homens não são criaturas gentis que desejam ser amadas e que, no máximo, podem defender-se quando atacadas; pelo contrário, são criaturas entre cujos dotes instintivos deve-se levar em conta uma poderosa quota de agressividade. Em resultado disso, o seu próximo é, para eles, não apenas um ajudante potencial ou um objeto sexual, mas também alguém que os tenta a satisfazer sobre ele a sua agressividade, a explorar sua capacidade de trabalho sem compensação, utilizá-lo sexualmente sem o seu consentimento, apoderar-se de suas posses, humilhá-lo, causar-lhe sofrimento, torturá-lo e matá-lo. Homo homini lupus (O homem é o lobo do homem). Quem, em face de toda sua experiência da vida e da história, terá coragem de discutir essa asserção? "
FREUD, S. O mal-estar na civilização. In: Os pensadores. São Paulo: Abril, 1978. p. 167.
Sobre esta asserção de Freud podemos dizer que ela se baseia em elementos reais e verificáveis, de modo que não só durante a Primeira Guerra, mas durante a Segunda também (e todas as outras que vieram antes e depois), podemos verificar a crueldade desmedida e desumana de um sujeito para com o outro, de modo que, em certo sentido, é inquestionável que o homem age como predador do próximo.
Contudo, durante as guerras também vê-se o sacrifício em prol de um ideal ou da defesa do país e do próximo, de modo que este mesmo animal capaz de cometer atrocidades também é capaz de agir de forma magnânima, de modo que podemos, se corretamente nos guiarmos, criar um mundo maravilhoso.