Português, perguntado por mikhaelxavier2763, 6 meses atrás

Considerando os textos de gonzaga e
garrett, lidos nas aulas anteriores, e as conteriores, que apresentam em relacão ão amor ,podemos estabelecer algumarelação entre eles e o texto de bilac?

Soluções para a tarefa

Respondido por Leticia140778
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Em relação ao poema de Olavo Bilac, cujo nome é Tercetos, e a comparação entre as criações de Almeida e Garrett é possível destacar, todos os textos falam do amor desmedido de um homem que coloca todas as expectativas de vida na relação com sua amada. No texto de Bilac é possível perceber que o amante vive dando desculpas para não largar sua amada.

Textos de Olavo Bilac

Os textos de Olavo Bilac abarcam características únicas como a linguagem formal, estilo único, referência a cultura grega, uso da metalinguagem, lirismo. Entre suas obras mais famosas se encontram:

  • Um poeta
  • A velhice
  • Ora (direis)ouvir estrelas
  • Em uma tarde de Outono
  • Um beijo
  • Ao coração que sofre
  • Maldição
  • Hino a Bandeira do Brasil

Textos da tarefa:

TECERTO

Noite ainda, quando ela me pedia

Entre dois beijos que me fosse embora,

Eu, com os olhos em lágrimas, dizia:

"Espera ao menos que desponte a aurora!

Tua alcova é cheirosa como um ninho...

E olha que escuridão há lá por fora!

Como queres que eu vá, triste e sozinho,

Casando a treva e o frio de meu peito

Ao frio e à treva que há pelo caminho?!

Ouves? é o vento! é um temporal desfeito!

Não me arrojes à chuva e à tempestade!

Não me exiles do vale do teu leito!

Morrerei de aflição e de saudade...

Espera! até que o dia resplandeça,

Aquece-me com a tua mocidade!

Sobre o teu colo deixa-me a cabeça

Repousar, como há pouco repousava...

Espera um pouco! deixa que amanheça!"

— E ela abria-me os braços. E eu ficava.

II

E, já manhã, quando ela me pedia

Que de seu claro corpo me afastasse,

Eu, com os olhos em lágrimas, dizia:

"Não pode ser! não vês que o dia nasce?

A aurora, em fogo e sangue, as nuvens corta...

Que diria de ti quem me encontrasse?

Ah! nem me digas que isso pouco importa!...

Que pensariam, vendo-me, apressado,

Tão cedo assim, saindo a tua porta,

Vendo-me exausto, pálido, cansado,

E todo pelo aroma de teu beijo

Escandalosamente perfumado?

O amor, querida, não exclui o pejo.

Espera! até que o sol desapareça,

Beija-me a boca! mata-me o desejo!

Sobre o teu colo deixa-me a cabeça

Repousar, como há pouco repousava!

Espera um pouco! deixa que anoiteça!"

- E ela abria-me os braços. E eu ficava.

ESSE INFERNO DE AMAR

Este inferno de amar – como eu amo!

Quem mo pôs aqui n’alma… quem foi?

Esta chama que alenta e consome,

Que é vida – e que a vida destrói.

Como é que se veio atear,

Quando – ai se há-de ela apagar?

Eu não sei, não me lembra: o passado,

A outra vida que dantes vivi

Era um sonho talvez… foi um sonho.

Em que a paz tão serena a dormi!

Oh! Que doce era aquele olhar…

Quem me veio, ai de mim! Despertar?

Só me lembra que um dia formoso

Eu passei… Dava o Sol tanta luz!

E os meus olhos que vagos giravam,

Em seus olhos ardentes os pus.

Que fez ela? Eu que fiz? Não o sei;

Mas nessa hora a viver comecei…

Por instinto se revela,

Eu no teu seio divino

Vim cumprir o meu destino...

Vim, que em ti só sei viver,

Só por ti posso morrer.

Almeida Garrett

LIRA

Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,

que viva de guardar alheio gado,

de tosco trato, de expressões grosseiro,

dos frios gelos e dos sóis queimado.

Tenho próprio casal e nele assisto;

dá-me vinho, legume, fruta, azeite;

das brancas ovelhinhas tiro o leite,

e mais as finas lãs, de que me visto.

Graças, Marília bela.

graças à minha Estrela!

Eu vi o meu semblante numa fonte:

dos anos inda não está cortado;

os Pastores que habitam este monte

respeitam o poder do meu cajado.

Com tal destreza toco a sanfoninha,

que inveja até me tem o próprio Alceste:

ao som dela concerto a voz celeste

nem canto letra, que não seja minha.

Graças, Marília bela.

graças à minha Estrela!

Mas tendo tantos dotes da ventura,

só apreço lhes dou, gentil Pastora,

depois que o teu afeto me segura

que queres do que tenho ser senhora.

É bom, minha Marília, é bom ser dono

de um rebanho, que cubra monte e prado;

porém, gentil Pastora, o teu agrado

vale mais que um rebanho e mais que um trono.

Graças, Marília bela.

graças à minha Estrela!

(...)

Saiba mais sobre os textos de Olavo Bilac em: https://brainly.com.br/tarefa/13217971

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