Considerando a situação descrita, responda às perguntas a seguir:
1. Quais informações são necessárias para organizar a ação de educação em saúde nessa comunidade?
2. Quem deve participar dessa ação?
3. Quais estratégias são necessárias para conduzir o planejamento e a execução dessa ação? Como obter adesão dos usuários para participarem de atividades educativas em saúde?
4. Como identificar a efetividade dessa ação?
Soluções para a tarefa
Resposta:
É importante observar que os problemas alimentares e nutricionais das sociedades
possuem causas diversas, que por sua vez se situam em diferentes níveis de análise. Como exemplo a desnutrição, aumento dos preços do alimento etc.
2) Todos os profissionais envolvidos afim de buscar uma solução para a comunidade evitando que o problema afete cada vez mais pessoas. Quanto mais próximo da comunidade estiver a causa do problema levantado, as pessoas que o enfrentam tem mais chances de agir.
3) Visa o desenvolvimento de hábitos, comportamentos e condições de vida que levem indivíduos e comunidades a atingir e preservar o melhor nível de saúde. Para tal, a
Promoção da Saúde frequentemente utiliza-se de uma combinação de ações de natureza educacional, ambiental, organizacional e econômica. Embora o médico do
trabalho sempre contribua com suas recomendações nos campos ambiental e organizacional, é no educacional que ele mais pode desenvolver a Promoção da
Saúde. O desenvolvimento de hábitos, comportamentos e condições de vida saudáveis, nas esferas ocupacional e não ocupacional, dependem do nível de informação, conscientização e motivação dos indivíduos.
4) Depois de reconhecer os períodos críticos ao longo do ano, quando podem ocorrer abalos na alimentação e nutrição das pessoas da comunidade, é preciso identificar e saber quais as famílias ou grupos mais atingidos pelos fatores de risco relacionados. Pessoas ou famílias consideradas em risco alimentar ou nutricional são aquelas que não estão conseguindo atender as suas necessidades alimentares. Alguns dos principais fatores que contribuem para isso são: a baixa renda, o desemprego do chefe da família, as precárias condições ambientais e de moradia e o número de membros da família. Nestas famílias, também é importante identificar os grupos mais fragilizados pela alimentação e nutrição inadequada (crianças, adolescentes, gestantes, nutrizes, idosos, etc.) e observar as suas características. Quanto mais detalhado for o conhecimento destas famílias e grupos, melhor pode ser a qualidade das ações planejadas para a sua proteção contra a insegurança alimentar e nutricional.
Explicação:
Resposta:
1. Considerando a educação em saúde como importante ferramenta para promoção da saúde, é fundamental conhecer as condições de vida das pessoas, as características ambientais, sociais, políticas, religiosas e culturais e o processo saúde-doença. Portanto, para organizar a ação de educação em saúde sugerida nesta questão, é necessário que os estudantes busquem conhecer o diagnóstico situacional. Assim, precisarão obter informações durante a reunião com os profissionais de saúde desse território, mas também é importante conversar com usuários para conhecer suas necessidades e, entre elas, escolher uma ação para desenvolver.
Os estudantes poderão fazer diversas perguntas aos profissionais de saúde, especialmente aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e aos usuários, para nortear a escolha da temática da ação que será realizada.
Também é importante conversar com os professores e os ACS sobre os reais hábitos alimentares das crianças, pois, em virtude das diversas situações socioeconômicas, pode haver crianças que se envergonham de expressar como de fato ocorre a alimentação em casa.
A seguir, algumas dicas de perguntas que podem ser feitas pelos estudantes:
Quais são as doenças mais prevalentes neste território?
Como estão os dados epidemiológicos de mortalidade e morbidade neste território?
Quais atividades de educação em saúde são realizadas pela equipe de saúde e com que frequência?
Como as pessoas definem saúde e doença neste território?
O que elas fazem para cuidar da saúde?
2. Considerando que a ação será realizada em território adscrito a uma Equipe de Saúde da Família, além dos estudantes, é importante o envolvimento dos profissionais de saúde dessa equipe. Nesse contexto, pode ser trabalhado o conceito de interprofissionalidade, que visa a reduzir a fragmentação das práticas profissionais, inclusive nas ações de educação em saúde. Nas ações de educação em saúde, é importante buscar a prática de cuidados integrados entre os profissionais com formações acadêmicas distintas, o que resulta na integração de saberes e na construção de um campo comum de intervenção e compartilhamento entre os profissionais indistintamente.
3. Após a reunião com a equipe e diálogos com os usuários, as estratégias envolvem a definição da população-alvo, da metodologia, das temáticas de interesse dos usuários, da data, do horário, do local e da duração da ação, enfim, recursos e logística para concretizar a atividade educativa. No dia da ação, recomenda-se que os executores expliquem à população-alvo o que será realizado e como as atividades serão conduzidas e que enfatizem que a proposta primordial é a troca de saberes entre os participantes.
Considerando o desafio de obter a adesão dos usuários às ações de educação em saúde, dependendo do contexto em que ocorre, é fundamental que os profissionais busquem conhecer previamente os conteúdos que interessam a população, no que tange aos cuidados com a saúde. Por isso, não é recomendado levar conteúdos prontos sem identificar previamente as necessidades da população. A criatividade também é necessária; portanto, deve ser singularizada ao público-alvo, às suas características culturais e sociais, de modo a estimular a participação da comunidade, utilizando-se metodologias ativas, imagens, filmes, jogos educativos, tarjetas, entre outras ferramentas/dispositivos que forem possíveis. É essencial valorizar as pessoas e os saberes populares e desenvolver atividades mediadas por diálogos, incentivando-se o autocuidado por meio do reconhecimento dos hábitos que promovam a saúde e interfiram positivamente nos determinantes do processo saúde-doença. A divulgação também é estratégica para obter melhor adesão.
4. Há diversas formas de identificar a efetividade das ações de educação em saúde. O primeiro passo é verificar se o objetivo previsto foi alcançado. Dependendo do objetivo da ação, é importante acompanhar os indicadores de cobertura e qualidade e estimular que a ação seja inserida na rotina da equipe. No contexto da Equipe de Saúde da Família, o monitoramento contínuo poderá ser feito por meio das visitas domiciliares realizadas pelos ACS.
Explicação: