Considerada como elemento de grande impacto no jornalismo cujo nome significa “escrita de luz”. Estamos fazendo referência a
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O jornalista Gervásio Luz é um dos mais experientes e longevos profissionais da imprensa no Vale do Itajaí. Aposentou-se como professor e é autor de dois livros de crônicas. Em 2013 Gervásio recebeu o Sarau Eletrônico em sua residência, no bairro Garcia, em Blumenau, para esta entrevista na qual narra fatos curiosos da história da imprensa em Santa Catrina, sobre o exercício do magistério e revela suas memórias sobre a cidade em que escolheu para construir sua carreira.
“O jornalismo entrou na minha vida como válvula de escape”
Entrevista com Gervásio Luz
Viegas Fernandes da Costa1
Eloísa Cristina Souza2
INTRODUÇÃO
Gervásio Luz é a memória viva da imprensa e da história intelectual do Vale do Itajaí a partir da segunda metade do século XX. Nasceu em 1942, no município de Rio do Sul, mas desde a juventude radicou-se em Blumenau, cidade que conhece intimamente. Incorporou o pseudônimo Tessaleno dos seus primeiros escritos ao nome, uma referência clara da sua pena ferina às rochas da grega Tessalônia. Tanto que há, ainda hoje, quem chame por Tessaleno ao Gervásio.
Com breves passagens por Curitiba e pelo Rio de Janeiro (cidade esta que lhe “conformou a alma”, se me permitem a licença poética), Gervásio Luz dedicou sua história ao Magistério (do qual está aposentado), ao Jornalismo e à Literatura. Como professor, lecionou Língua Portuguesa, Oratória e Literatura em colégios importantes de Blumenau, como o Pedro II, o Santo Antônio e o Pontinho Estudantil. No Santo Antônio privou da amizade de Frei Odorico e dirigiu a Academia de Oratória Mont’Alverne. Foi professor de gerações.
Na condição de jornalista, escreveu para os principais jornais do Vale do Itajaí, como Ronda, Tribuna, Vanguarda, A Nação, O Estado e Jornal de Santa Catarina, além de inúmeros jornais de menor expressão. Fundou e editou os jornais Opinião, Entrevista e Pommer Zeitung.
Nesta entrevista, Gervásio tece um breve inventário da sua história de vida. Suas experiências no magistério, a amizade com Frei Odorico, sua militância no jornalismo e a candidatura ao legislativo blumenauense. Conta fatos curiosos de uma história pouco conhecida de Blumenau, como o empastelamento do jornal Ronda, a imprensa local nos tempos do Regime Militar e os bastidores da notícia na cidade, além de narrar suas memórias a respeito de personagens fundamentais da história intelectual e política blumenauense, como Norton Azambuja, Frei Odorico, Lindolf Bell, Geraldo Luz, Luís Antônio Soares, Martinho Bruning. Muitos são os personagens desfilam nas reminiscências de Gervásio Luz de forma inédita e íntima.
A entrevista foi realizada na residência de Gervásio Luz, no bairro Garcia, em dois momentos, durante o mês de maio de 2013. Foi conduzida pelo historiador Viegas Fernandes da Costa, e acompanhada pela estudante de História da Universidade Regional de Blumenau, Eloísa Cristina Souza, responsável pela transcrição primária, para o site de literatura Sarau Eletrônico, mantido pela Biblioteca Universitária da FURB. Na primeira parte da entrevista também esteve presente o historiador Darlan Jevaer Schmitt.