Ed. Física, perguntado por graziellyagostinho22, 1 ano atrás

consideracoes finais sobre manifestacoes corporal

Soluções para a tarefa

Respondido por thaislinda2355
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O estudo acerca da dinâmica na formação do sintoma psicossomático,

possibilitou a compreensão de uma estreita relação entre o psíquico e o corpo, que

aparece como cenário deste tipo de sofrimento. Através da abordagem do conceito

de pulsão sem representação e idéia de trauma em Freud, foi possível o contato

com a idéia de um excesso que se expressa no campo somático sem se apresentar

como conseqüência de um conflito, como no caso da histeria. De fato, esta

pesquisa nos viabilizou teorizar sobre uma forma de mal-estar que frequentemente

nos é apresentada em nossa prática, o que nos incentivou a levantar

questionamentos importantes sobre nosso papel enquanto analistas. Desta

maneira, o manejo clínico sob o viés psicanalítico, é desafiado a se reinventar

para atender a este tipo de demanda, onde o caráter simbólico fica esvaziado e o

mal estar aparece sob a forma de um adoecimento orgânico. O trabalho de análise

permeará o pré-consciente do analista, como veículo para desenvolver a

capacidade elaborativa do paciente. Assim, é necessário que o profissional assuma

o papel de suporte, com função de introduzir as palavras que faltam no discurso,

em um processo gradual de construção do psiquismo que se encontra debilitado

de recursos simbólicos.

Partindo desta análise, percebemos na teoria de autores pós-freudianos,

que compõem a linha da psicossomática atual, o destaque oferecido ao trauma na

base da formação deste tipo de doença, principalmente nos estudos de Pierre

Marty. Para o referido autor, este comprometimento patológico surge como

desdobramento de um excesso de excitação no aparelho psíquico, que por não

encontrar vias que levem a simbolização, a descarga é feita pelo soma. Ele

defende uma evolução progressiva de todas as funções em sua organização.

Quando este processo é interrompido, ocorre um movimento contra-evolutivo de

desorganização.

Marty (1993) ressalta que o uso do termo “psicossomático” em referência

a este tipo de patologia, vai de encontro com o dualismo cartesiano e atesta uma

unidade mente-corpo. O estudo da psicossomática busca um esclarecimento da

relação entre estes dois campos na formação de sintomas. De fato, são visíveis os prejuízos físicos determinados por perturbações emocionais. O autor defende que

o processo de formação dos sintomas corporais apresentados por pacientes

somáticos, pode ser ativado pela precariedade no investimento libidinal, diante de

uma limitação do sujeito. Já para MacDougall, trata-se da tentativa de

preservação, através da utilização de recursos defensivos primitivos. De fato,

existem divergências importantes nas propostas teóricas dos referidos autores.

Porém, ambos postulam um significativo prejuízo na capacidade de elaboração

psíquica, desta maneira, as manifestações orgânicas são entendidas como reações

desprovidas de valor simbólico. Assim, eles defendem que este tipo de paciente

apresenta uma vulnerabilidade psicossomática significativa, diferente do sujeito

que apresenta este tipo de sintoma de modo ocasional.

Espero ter ajudado .... :)

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