Filosofia, perguntado por GuiGuassu4152, 1 ano atrás

conside o pagamento na mesma moeda de que trata kant no final de seu texto é explique a incoerência da falsa promessa em momentos de apuros

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Respondido por EduardoPLopes
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Para Kant as ações não devem ser vistas em contextos, mas devem ser guiadas por uma máxima moral que diz que a ação que escolho tomar hoje só pode ser considerada moral se ela puder ser universalizada - ou seja, feita por todos sem que isto instaure o caos social.

No caso da falsa promessa em momentos de apuros esta máxima moral é desrespeitada pois, se todos agissem do mesmo modo, ninguém poderia confiar na palavra de ninguém, pois todos poderiam estar mentindo a todo momento e uma sociedade na qual ninguém confia em ninguém tende a se desagregar, pois os contratos não são cumpridos e não há garantias sociais.

Isto, claro, é uma reação um tanto quanto exagerada, mas é o que Kant defende como um motivo para a proibição da mentira, pois os eventuais danos causados por dizer a verdade são infinitamente menores que o dano causado pela perda da confiabilidade social.
Respondido por mariaef
4

O pagamento na mesma moeda permite a Kant mostrar que uma falsa promessa ou mentira, mesmo quando são aparentemente "boas", não são justificadas, pois levam a pensar que há situações falsas e mentirosas que podem ser boas e, portanto, acionadas por qualquer pessoa. Assim, como eu mesmo posso decidir fazer uma promessa e mentir, qualquer outra pessoa pode fazer o mesmo. Qualquer pessoa poderia me "pagar na mesma moeda", o que não me agradará nem do ponto de vista de minha expectativas particulares, nem do ponto de vista do que espero que seja o comportamento de todos em relação a mim. A minha máxima de ação ( a justificativa de "boas" mentiras ou de "boas" falsas promessas) destruiria a si mesma, portanto.

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