consequencias da febre amarela
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Febre amarela é uma doença viral aguda.[1] Na maior parte dos casos, os sintomas incluem febre, calafrios, perda de apetite, náuseas, dores de cabeça e dores musculares, principalmente nas costas.[1] Os sintomas geralmente melhoram ao fim de cinco dias.[1] Em algumas pessoas, no prazo de um dia após os sintomas melhorarem, a febre regressa juntamente com dores abdominais e as lesões no fígado provocam icterícia.[1]Quando isto ocorre, aumenta o risco de insuficiência renal.[1]
A doença é causada pelo vírus da febre amarela e é transmitida pela picada de um mosquito fêmea infetado.[1] A febre amarela infeta apenas seres humanos, outros primatas e várias espécies de mosquitos.[1] Nas cidades é transmitida principalmente por mosquitos da espécie Aedes aegypti.[1] O vírus é um vírus ARN do género Flavivirus.[2] Pode ser difícil distinguir a febre amarela de outras doenças, principalmente nos estádios iniciais.[1]Para confirmar um caso suspeito é necessário analisar o sangue através de reação em cadeia da polimerase.[3]
Está disponível uma vacina segura e eficaz contra a febre amarela. Alguns países exigem vacinação em viajantes.[1] Entre outras medidas para prevenir a infeção estão a diminuição da população dos mosquitos que a transmitem.[1] Em áreas onde a febre amarela é comum e a vacinação pouco comum, o diagnóstico atempado e a vacinação de grande parte da população é essencial para prevenir surtos.[1] O tratamento de pessoas infetadas destina-se a aliviar os sintomas, não existindo medidas específicas eficazes contra o vírus.[1] A segunda fase da doença, mais grave, provoca a morte a metade das pessoas que não recebem tratamento.[1][4]
Em cada ano, a febre amarela causa 200 000 infeções e 30 000 mortes,[1] das quais cerca de 90% ocorrem em África.[3] Nas regiões do mundo onde a doença é endémica vivem cerca de mil milhões de pessoas.[1] É comum nas regiões tropicais da América do Sul e de África, mas não na Ásia.[1][5] Desde a década de 1980 que o número de casos de febre amarela tem vindo a aumentar.[1][6] Acredita-se que isto seja devido à diminuição do número de pessoas imunes, ao aumento da população urbana, ao aumento do número de viagens e às alterações climáticas.[1] A doença teve origem em África, de onde se espalhou para a América do Sul através do comércio de escravos no século XVII.[7] Desde então que têm ocorrido vários surtos da doença na América, em África e na Europa.[7] Nos séculos XVIII e XIX, a febre amarela era uma das mais perigosas doenças infeciosas.[7] Em 1927, o vírus da febre amarela foi o primeiro vírus humano a ser isolado.[2][8]