Conforme Lodi e Luciano (2014), o desenvolvimento da linguagem ocorre na interação do bebê com as pessoas que estão ao seu redor, por meio dos quais poderá se apropriar dos aspectos culturais do meio social no qual vive. Crianças surdas, filhas de pais surdos, terão a língua de sinais como sua língua natural e que se desenvolverá sem maiores problemas. Contudo, uma criança surda, filha de pais ouvintes, representa mais de 90% dos casos de famílias reais em nossa sociedade, o que resulta em obstáculos para a criança na aquisição da linguagem. Nesse último caso, a língua de sinais não será a primeira língua que a criança terá contato, e sim a língua oral.
Acompanhe, na imagem a seguir, uma situação em um contexto escolar.
Como você irá trabalhar com essa criança sabendo que se trata de um caso de exposição tardia de aquisição linguística?
Soluções para a tarefa
Deve-se ensinar a criança com base em suas limitações, com isso, deve-se recorrer a práticas pedagógicas apropriadas que devem ser aliadas a uma boa didática.
A criança não pode ser nunca excluída por conta de suas limitações, visto que as diferenças compõe o cenário educacional.
Logo, deve-se propiciar condições de crescimento para criança, visto que por meio dessa ação ela terá o prazer de aprender, o que aumentará o rendimento de ensino e aprendizagem
Bons estudos!
Resposta:
Por se tratar de uma criança com aquisição tardia em ambas as modalidades linguísticas (oral-auditiva e visuo-espacial), é importante que eu, como educador, tenha ciência dos Conhecimentos, Habilidades e Atitudes (CHA) que devo ter ou buscar o quanto antes adquirir, para poder atender a criança surda filha de pais ouvintes (ou até mesmo surdos) da melhor forma possível.
Caso eu me depare com um exemplo desses em sala de aula, eu não pensarei duas vezes em utilizar a língua de sinais como forma de me aproximar da criança e proporcionar o vislumbre de um novo mundo que se abrirá a partir daquele momento. Contudo, é importante ter ciência de que a escola é apenas um dos locais ao qual a criança deve usar como fonte de aquisição e desenvolvimento da linguagem. Para uma boa resposta no processo de aquisição, sendo um caso de início precoce ou de início tardio, é essencial que a criança surda tenha contato com adultos fluentes na língua de sinais, o que irá proporcionar momentos de aprendizado únicos com pessoas que realmente dominam o sistema linguístico que ela ainda está começando a entender. Esse tipo de estratégia possibilita recuperar a criança de forma mais rápida do que quando ela aprende língua de sinais somente na escola. Irei sugerir aos familiares a também buscar aprender a língua de sinais (não somente a criança) e a levar a criança surda nos pontos de encontro de outros sujeitos surdos, como, por exemplo, o clube de surdos da região.
A criança surda precisa ser bombardeada por estímulos (inputs) de qualidade em língua de sinais, para que consiga, igualmente como as crianças ouvintes (que são bombardeadas por sons diariamente), adquirir e desenvolver com qualidade e de maneira saudável a sua língua materna.
Explicação: