conflito no filme Viagem ao Centro da Terra
Soluções para a tarefa
A nova versão para o cinema da clássica história de Júlio Verne parte de uma premissa exemplar: apresentar o livro a uma nova geração de espectadores, potenciais leitores. Brendan Fraser faz um geólogo que encontra, no meio dos objetos de seu irmão desaparecido, anotações em uma edição do clássico verniano Viagem ao Centro da Terra. Como as anotações casam com sua pesquisa sobre abalos sísmicos, o geólogo desconfia que o irmão descobriu - assim como Júlio Verne - um caminho para o núcleo do planeta.
Não é difícil adivinhar o que vem em seguida. Acompanhado de seu sobrinho (vivido por Josh Hutcherson) e uma guia islandesa (Anita Briem, obrigatório interesse romântico), Brendan Fraser encontra um mundo de maravilhas que vai de pássaros reluzentes a plantas carnívoras gigantes. Nada que o cinema já não tenha visto desde a primeira adaptação do livro, datada de 1959. A diferença agora é mesmo a exibição tridimensional.
E aí o problema são dois: o roteiro escrito a seis mãos é colocado em segundo plano para o diretor estreante Eric Brevig (supervisor de efeitos visuais de filmes como O Dia Depois de Amanhã e A Ilha) privilegiar as situações 3D e essas mesmas situações não são satisfatórias.