Pedagogia, perguntado por User18302, 7 meses atrás

Conclusão sobre o filme 1,99 - um supermercado de palavras. Por favor.....


monteirogabriella734: aa minha ccomclusa eo primeiro paragrafo

Soluções para a tarefa

Respondido por flaviaccbaima
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Resposta:

Um supermercado que vende textos, mas esses textos não são falados e, por sua vez, se tornam muito irritantes, passamos alguns minutos no início para apoiar e patrocinar, e este filme depois divulgou as pessoas. . ... "1.99" é um filme muito interessante, mas também usa muitas técnicas semióticas.

Respondido por monteirogabriella734
2

Resposta:O filme "1,99", de Marcelo Masagão, faz a crítica do

consumismo. Mostra que a vida dominada pela mercadoria pode

ser levada à destruição. A ironia é que foi aceito no mundo das

mercadorias sem maiores preconceitos.

Explicação:1,99 – Um Supermercado que Vende Palavras abre com uma piscadela de auto-ironia: sobre um fundo branco, sucedem-se uma infinidade de marcas de patrocínio e apoio cultural ao filme de Marcelo Masagão. Não sabemos bem se são apenas créditos ou se o filme de fato já começou. Porque é justamente esse o material de Masagão em seu primeiro filme com atores (não digo o primeiro de ficção porque Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos era uma construção ficcional com tijolos documentais): a avalanche de mensagens de consumo que direciona nossa vida pessoal, afetiva e profissional.

O filme trabalha com a idéia de abstração: num supermercado inteiramente branco, as prateleiras e displays são ocupados por embalagens igualmente brancas, onde se destacam apenas slogans. São caixas de “Quero mais”, potes de “Eu valho a pena”, sacos de “chique é ser inteligente” e por aí afora. As frases se estendem como tatuagens pelo corpo de pessoas e animais. Abstraídos de seus respectivos produtos, esses slogans tornam-se meros conceitos, remetendo à busca por satisfação numa sociedade inteiramente regida pelo consumo.

Os clientes do supermercado nada verbalizam. Apenas passeiam sua indecisão e seus desejos pelos corredores, enquanto uma câmera evolui entre eles. A fluidez do steadicam replica o movimento macio dos carrinhos de compras, ou seja, a “facilidade” e conveniência de consumir. Tudo desliza nesse templo da satisfação garantida – da gerente de patins que contrata novos empregados no inferno exterior ao cartão de banco que corre na fenda da máquina e provoca um hilariante saque-orgasmo. A música do belga Wim Mertens, quase onipresente, contribui para esse anestesiamento de conflitos. Para ser aceito, o conflito precisa ser apresentado também como produto.

A crítica de Masagão ao consumismo passa pela indiferenciação entre produto, cultura, relações humanas e História. Quando as três últimas se reduzem ao primeiro, só resta o vazio de um supermercado todo branco. 1,99 é um filme corajoso por ressuscitar uma discussão antiga mediante uma estética pouco usual no cinema brasileiro, a do filme conceitual, que parece combinar Alice no País das Maravilhas com o cinema de Peter Greenaway.

O resultado só não compensa inteiramente porque faltou uma dramaturgia que acumulasse sentidos e evitasse uma certa repetição. Já que o filme constrói personagens e cria algumas demandas minimamente narrativas, pode-se dizer (conforme a semântica em pauta) que a satisfação total não é garantida. A profusão de espelhos e situações especulares é o que mais se aproxima de uma reflexão acabada sobre o tema: consumimos para nos auto-construir à luz do narcisismo. Mas quando irrompe na tela o desfecho anárquico, reminiscente do antonioniano Zabriskie Point, não encontramos muito mais que uma bela coleção de idéias soltas, enfeixadas pelo binômio necessidade-fetiche.

espero ter ajudado

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